Bom, sobre o começo dessa maravilhosa viagem, incluindo El Calafate, já postei aqui! Agora vamos falar sobre Ushuaia e as aventuras por perto!
Chegamos em Ushsuaia cedo. Antes do meio dia e depois de nos instalarmos no hotel, fomos “bater perna” pelo centro da cidadezinha. No começo achei que o centro de Ushuaia era bem menos charmoso do que o de El Calafate. Depois percebi que cada um tem seus encantos diferentes. Ushuaia tem o porto, com seus navios que partem para a Antártida, tem outro tipo de astral (ou de austral) e portanto tem outros tipos de “charmes”.
Aqui vale um comentário: Realmente se você tá mais a fim de um agito de uma “Pipa” como no nosso RN ou de uma Búzios do RJ, corra pra El Calafate (só que com um “clima” diferente, com outro “sabor”, com outra “cara”). Isso, segundo meu ponto de vista. Ushuaia , num primeiro momento, parece “mais normal” com ruas mais “comerciais” parecidas com outras tantas, etc e tal. Mas no fim das contas, não se pode comparar e tudo é muito legal. Até porque como já disse no post anterior, essa região só tem paisagens lindas! Como nunca vi!
1) O 1º dia
Como já disse, fomos dar uma reconhecida no centro. E, no meio disso tudo aproveitamos para almoçar num restô que meu irmão (Carito) tinha recomendado: O “Bodegón Fueguino”. E, foi perfeito. Ambiente, comida, atendimento, tudo muito bom!
Pela terceira vez comi um cordeiro da Patagônia na Pagônia. As duas primeiras em El Calafate (um risoto e um cordeiro assado à moda de lá – aberto – num fogo “de chão”). Esse terceiro foi feito de forma diferente, talvez com um requinte maior, mas como sempre estava uma delicia!
Depois, andamos mais e encontramos um bar legal onde tomamos um café e um licor. Pensamos que seria legal almoçar ou jantar um outro dia por lá (El Almacén de Ramos General). Andamos mais e fomos tentar caminhar na beira do Canal, pelo Porto, mas o vento era demais. Só caminhamos um pouco e voltamos pra hotel….
Fomos para o hotel descansar um pouco, e à tardinha resolvemos ir numa Casa de Chá, a “La Cabaña” (por indicação da recepção do hotel) nas montanhas “Le Martial”. No começo queríamos ir caminhando (ôps) mas chovia um pouco e resolvemos pegar um táxi. Ainda bem, porque não era nada perto (mais de 7 km) e a subida era grande! Foi legal, vista boa, chás bons, mas também nada de “the best”. De toda forma, vale a pena, principalmente se você tiver uma tarde livre!
2) O 2º dia – Trem do Fim do Mundo e Parque Nacional Tierra del Fuego
Nesse dia tivemos um passeio super! Um tour pelo Parque Nacional com um “passeio” no trem do “fim do mundo”! É um clássico mas que não pode ser deixado de lado! Tem que ir! Até porque você vai vendo lindas paisagens o tempo todo, lindas demais! E é bem legal o passeio em si!

Nós numa fotinha básica que todos tiram (risos). O(a) guarda e o prisioneiro (o trem foi usado nos primórdios por prisioneiros. veja aqui a história).
Durante o passeio vamos ouvindo explicações sobre o trem, sobre a história do mesmo, como tudo começou… Para não ser repetitiva vou deixar o link oficial aqui.
Algumas paradas para admirar as paisagens e seguíamos em frente!
Terminado o passeio no trem fomos caminhar por mais uma meia horinha, ou algo mais, pelo magnífico Parque. Cada paisagem de tirar o fôlego!
No meio desse passeio tivemos outra “má” surpresa. Não poderíamos navegar no Canal de Beagle, como estava programado, à 3 da tarde. Outra vez “culpa” dos ventos, da mesma forma que em El Calafate. “Não era possível”, pensei! “De novo?”. Mas era possível sim, afinal natureza é natureza e ninguém pode “mandar” nela.
À Tarde – Almoço e Caminhadas
Bom, ao retornar do passeio, como não teríamos mais a navegação, resolvemos andar pela cidade para conhecê-la melhor! E foi ótimo! Por indicação de uma amiga, que coincidiu com indicação do hotel, fomos almoçar (um pouco tarde, mas por sorte estava aberto) num bistrô muito bom com vista magnífica (o Maria Lola). Depois fomos caminhar e caminhar pelas ruas da cidadezinha e já tivemos uma impressão ainda melhor que no dia anterior.
Quando retornamos ao Almacén de Ramos para tomar um drink, encontramos um casal de brasileiros que estava viajando há mais de um ano no sistema moto home – ou seria motorhome? – (haja coincidência: moram em Natal/RN, mas são do RS).
Depois, fomos curtir um merecido descanso no nosso hotel!
3) O 3º dia – Off Road
Nesse dia fizemos um super passeio de 4×4, um off road muito bom! Para vocês saberem se acaso tiverem interesse em fazer, o título do tour é “Lakes Off Road Regular”. Foram dois carros do tipo Defender (Land Rover), cada um levando 4 casais. Pra quem ia lá atrás (nos banquinhos) era mais desconfortável, mas tudo valia numa aventura, e na volta trocamos de lugares. Um casal de brasileiros, mineiro, estava no nosso carro!
Saímos pela Estrada Nacional 3 Norte (RN 3) apreciando a vista dos Vales Carbajal e Tierra Mayor e demos uma parada em Paso Garibaldi. Depois fomos para Bronzovich Serraria, onde aí pegamos uma estrada secundária.
A parte off-road durou em torno de 01 hora e fomos seguindo pela costa do Lago Fagnanom, em alguns momentos em meio à floresta (numa boa demonstração de um 4×4) e em outros pela água da lagoa.
Bombilla Lagoon era nossa meta principal onde teríamos um almoço (churrasco com vinhos, etc). Então, ainda fizemos uma caminhada de uns 40 minutos até um rústico refúgio à beira do Lago. Lá, almoçamos!
Nesse ponto pudemos apreciar lindas vistas da Tierra del Fuego. Passeamos um pouco, descansamos um pouquinho e curtimos a paisagem, para em seguida voltarmos, continuando nosso passeio off road até chegar na Road N3 (antiga estrada que margeia o Lago Escondido) até a Ponta do Lago.
Como havíamos perdido a navegação pelo Canal de Beagle do dia anterior (devido ao vento) tentamos conversar com os guias do passeio 4×4 para ver a possibilidade de fazê-lo após o off road, já que os ventos tinham melhorado. O problema era que nossos tickets eram de uma companhia que saía no mais tardar às 3 da tarde, e só voltaríamos de nosso passeio 4×4 depois das 5. E agora?
Mas, ficamos “cutucando” os guias até surgir uma outra oportunidade em outra agência. Havia um barco que sairia às 7 da noite (ou do “dia”? hehehe, pois lá era claro ainda). Apenas teríamos que comprar os novos tickets (e pedir reembolso dos anteriores). Assim fizemos. “Quem não fala Deus não ouve “(né assim o ditado/provérbio?), ou “quem não chora, não mama”, ou “quem tem boca vai a Roma” e etc. e tal. E lá fomos nós navegar no Canal de Beagle!
4) Ainda no 3º dia: A navegação pelo Canal de Beagle
Ao chegarmos no porto (depois de um bom banho e um tempinho de descanso no hotel) encontramos o casal de brasileiros, os mineiros. Eles também conseguiram na última hora adquirir os tickets para esse passeio! Uma boa companhia!

E partimos nesse barco, cuja bandeira que vemos aí, depois nós (ou melhor, Santiago) ganhamos num sorteio! Uhuuu!

Duas coisas interessantes para falar aqui dessa ilhota (“Jogo dos 2 erros”): 1) Estamos aí pertinhos do Farol Les Éclaireurs (confundido muitas vezes com o Farol do Fim do Mundo que fica mais “abaixo”. Les Éclaireurs ilumina a baía da entrada à Ushuaia, no canal de Beagle, mas não é o mais austral: o verdadeiro “farol do fim do mundo” se encontra na ilha “de los Estados”). 2) A ilhota que vemos está lotada de “cormoranes imperiales” (pássaros que se parecem com pinguins mas não o são. Pinguins não voam e esses sim!).
Esse passeio durou mais de 3 horas e ainda tivemos incluído uma caminhada pela Ilha Bridges, muta interessante. Aprendemos muita coisa. Fazia parte do tour dois coffee-breaks: café, chocolate, chás e biscoitos. E, uma ótima guia que entendia de tudo, além de muito simpática e gentil (como a maioria das pessoas que nos acompanharam nessa grande e maravilhosa viagem pela Patagônia Argentina)!
Depois de toda essa farra de passeios, ainda fomos procurar um lugarzinho para comer algo, um jantarzinho básico. E lá fomos nós com o casal mineiro! Estava já tarde e a maioria dos lugares já fechando ou próximos a fechar. Enfim, achamos um que não era essas coisas todas mas valeu o papo e valeu matar a fome! Muito bom!
No da seguinte teríamos nosso voo de volta. Ainda iriamos dormir um dia em Buenos Aires. Depois rumo à Natal com uma conexão no Rio… Hasta la Vista Patagônia!
5) E ao final?
Ao final tenho tanta coisa a dizer que vou tentar resumir em poucas:
a) É realmente uma viagem fantástica com paisagens de uma beleza extraordinária! Como disse no 1º post: Nunca vi tanta beleza junta e à toda hora, em todo lugar!
b) Os dois centrinhos das duas cidades (tanto o de El Calafte quanto o de Ushuaia) são super charmosinhos com muitos lugares pra se conhecer, ótimas lojas e excelentes restaurantes! Vale a pena ficar “flanando” por lá!
c) Na sua grande maioria, o pessoal é super simpático e gentil, além de profissional: Desde os motoristas dos transfers, os guias, as pessoas envolvidas nos passeios, os funcionários dos hotéis… Nunca vi tanta gente feliz e com tão alto grau de responsabilidade e profissionalismo. No meio de toda essa gente, vale aqui aplaudir a Operadora “Venturas” que foi a maior ou pelo menos a co-responsável pelo sucesso, já que nosso tour foi comprado diretamente a ela (portanto as outras agencias ou operadoras locais “sub-locadas” eram de responsabilidade da Venturas que tão bem soube escolher cada uma delas). E, sem querer tirar o mérito, vale a pena dizer que mesmo em locais em que fomos “por nossa conta” tudo foi muito bom! Parece que a natureza bela e esse friozinho faz as pessoas ficarem mais felizes e com isso quem ganha somos nós, os visitantes dessa terra austral!
Obs. As DICAS de uma forma mais detalhada de toda a viagem (hotéis, restaurantes, voos, operadoras e passeios) vocês podem ver aqui!
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1 Verão em Natal e Arredores: As Praias (1)
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2 Quer viajar pra onde?
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3 Pipa para todos os gostos!
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4 Campos do Jordão: Dicas
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5 Campos do Jordão: Que maravilha!
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6 Maravilhada num pedacinho do Rio Maravilha: Copacabana Palace
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7 Viagens na Infância
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8 Patagônia Argentina: Dicas
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9 A Maravilhosa Patagônia Argentina: Em El Calafate
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10 Cruzeiro: De Buenos Aires ao Rio, passando por Punta del Leste…