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Alemanha by bike: De Freiburg a Endingen

P1020400Essa viagem de bicicleta foi escolhida “a dedo”. Ficamos em dúvida entre vários roteiros que encontramos na Tripsite*. Finalmente decidimos pelo passeio intitulado “Breisgau e Rota do Vinho da Alsácia” que incluía dois países: Alemanha (região de Breisgau) e França (região da Alsácia). Meu encantamento maior era porque iriamos pedalar margeando o rio Reno e também pela Floresta Negra.

*De outra vez que viajamos de bike pela Europa (pelo Canal du Midi na França), levamos nossas próprias bikes. Tem suas vantagens e suas desvantagens, claro. Mas, um amigo indicou esse site (Tripsite) e quando vi a possibilidade de tantos roteiros incríveis, os quais dificilmente poderia descobri-los sozinha, resolvi testar. Eles reservam os hotéis, nos fornecem as bicicletas, os mapas e transportam nossas bagagens. É muito mais prático, mas ainda prefiro viajar com minha própria bike, se bem que dá um trabalhão levar (risos)!

O percurso de bicicleta

O percurso dos sete dias em bicicleta

Foram sete dias de pedalada, em torno de 400 km ao final (em vez dos 330 e poucos previstos)! Bom, primeiro vou falar sobre a parte da Alemanha.

1) Primeiro Dia: De Freiburg a Endingen 

Nosso primeiro hotel reservado pela Tripsite (aliás pela Velotours, operadora contratada pela Tripsite) foi o Minerva em Freiburg. Um charme. Localização, café da manhã (o melhor!), atendimento e o hotel em si, tudo muito bom! Pedimos para reservar mais dois dias por lá (antes da pedalada), porque a cidade vale a pena (ver post sobre Freiburg aqui).

Bom, vamos ao nosso primeiro dia “by bike”.

Saímos por volta das 9 horas, e seguimos o roteiro dos mapas (no dia anterior havíamos feito um teste, onde fomos até mais ou menos a saída da cidade). Pedalamos pela larga avenida (Bismarckallee) onde fica a estação de trem. Lá mais adiante cruzamos a famosa ponte de bicicletas de Freiburg e seguimos.

O planejado era pedalar em torno de 30 km nesse primeiro dia, mas acho que pedalamos mais de 40.

Mesmo fora das cidades, na maioria do tempo, pedalamos por ciclovias. E embora, algumas vezes, tendo que dividir o espaço com carros tínhamos uma segurança total. De dar inveja a qualquer um de nós que gostamos de pedalar também por nossas terras. Respeito enorme pelos ciclistas!

Cruzamos o rio Dreisam em algum ponto e passamos por suas margens em outros. Em uma das cidadezinhas nos perdemos, mas um “corredor’ matinal nos ajudou e nos levou até o ponto certo e continuamos.

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Cruzando o rio…

Muitas vezes passamos por dentro de cidades, e outras, apenas as avistávamos e seguíamos. Pedalamos por muito tempo em meio a milharais. Vimos muitas macieiras, e muitas plantações de abóboras (ou jerimuns, pra nós nordestinos) de vários tipos. Também alguns pontos de vendas!

Variações de abóboras

Variações de abóboras

Numa das vezes que pegamos uma rua errada (ôps) fomos parar no alto de uma colina com vinhedos… Visto o engano, descemos. Mas valeu!

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Uma das paradas estratégicas. Pra comprar alguma comidinha?

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Pedalando entre os milharais

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Maças pela estrada…

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E uvas…

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Até girassóis!

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Uma das cidadezinhas…

Lá mais pra frente, nos perdemos de novo (ôps), pois os mapas nos deixava em dúvida algumas vezes. Uma ciclista, que ia visitar sua família numa cidade vizinha, pedalou junto com a gente até o ponto onde pôde! Gente simpática e gentil. Muito amáveis mesmo esses alemães!

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Simpatia do alemão nos ajudando a reencontrar o caminho…

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Gentil alemã que nos acompanhou por boa parte do percurso…

Enfim, antes de chegar em Endingen, paramos numa padaria-café de uma cidade já perto, e matamos quem nos queria nos matar: a fome! Comemos um tal de zwiebelkuchen (tipo uma torta de cebola) parecida com uma pizza, mas não era. E Santiago tomou uma cerveja. Eu não, pois ainda tínhamos a percorrer alguns quilômetros pela frente e preferi não arriscar (risos).

Devorando um zwiebelkuchen num café em Bahlingen

Devorando um zwiebelkuchen num café em Bahlingen

Bom, aqui vale um parenteses. Ia esquecendo de dizer mas tivemos uma certa dificuldade nessa viagem em relação a “comida” e banheiros (ui!): Como várias das cidades que passamos eram pequenas, algumas vezes, na hora em que chegávamos e queríamos comer ou ir fazer um “pipis”, muitos lugares estavam fechados. Restavam as padarias ou mercados, quando achávamos (risos).

Chegamos em Endingen em torno das 4 (ou 5?) da tarde. Como o sol só estava se pondo lá pelas 7;30 (19;30 horas, claro), então tínhamos tempo de ver a pequena cidade (pequena mesmo) ainda sob a luz do astro rei.

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Na entrada de Endingen

 2) Em Endingen

Localizamos o hotel que ficava logo na rua principal. Cidade pequena e charmosinha. Nos instalamos, tomamos um belo banho e saímos pra conhecer a cidade.

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Chegando…

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O hotel

A primeira coisa que fizemos foi procurar uma farmácia. Estava sentindo dores enormes nas costas, as quais só me dei conta depois que me deitei um pouco e fui tentar me levantar! Quase não consigo. Ufa! Talvez pelo muito tempo na bike e pelas inúmeras “descidas” da mesma (sem cuidado e com impacto) para consultar o mapa. O fato é que nos outros dias tive mais cuidado. O outro fato é que encontramos a farmácia e tivemos que comprar os remédios por mímica. A senhora que atendia só falava alemão. Perguntei em inglês e ela responda em alemão, enfim…

A segunda coisa que fizemos foi procurar uma escova de cabelo. Acreditem ou não, mas a única que havia levado era muito “vagabunda” e quebrou (descolou) ainda em Freiburg. Pois, não sei como funciona essas lojas por essas regiões, mas não encontramos escova de cabelo em Endingen e nem em parte alguma da nossa viagem de bike. E tive que pentear meus cabelos com esse pedaço de escova aí da foto (risos), até conseguir uma nova já na nossa etapa “by car”!

E haja esforço para pentear os cabelos.

E haja esforço para pentear os cabelos (ôpa!)

Depois disso tudo, continuamos nossas andanças pela bela cidadezinha.

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A praça principal…

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No centro…

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O típico…

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Mais da beleza da cidade…

A noite, ainda cedo, procuramos um restaurante. Era segunda feira e a maioria estava fechado. Quase em frente ao hotel vimos que era aparentemente legal (Weinstube Zur Sonne). Entramos e vimos que ali não tinha nada de turistas, e sim muita gente local. Ótimo!

Bom, sentamos e pedimos o cardápio. A senhora que atendia nos deu um cardápio em alemão. E essa foi apenas uma das sucessivas vezes em que tivemos que “nos virar” porque a maioria das pessoas nessas pequenas cidades não fala inglês. Apenas alemão! Mas, essa também foi uma das inúmeras vezes em que algum alemão nos ajudou. Um casal que estava na mesa vizinha percebeu nossa cara de espanto e veio em nosso socorro. Gente simpática!

Fachada do restaurante (fonte)

Fachada do restaurante (fonte)

Jantar agradável, demos boas risadas junto com o casal alemão que nos socorreu na escolha do jantar, e fomos dormir o sono dos justos.

No ouro dia, depois do café da manhã (muito bom como em toda a Alemanha), zarpamos. Conto aqui, em outro post, sobre nosso segundo dia de viagem de bici. Dessa vez em direção a Rust…

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De volta à estrada (ou melhor, às ciclovias)…

 



Engenheira por formação, fez doutorado em Madrid onde começou sua paixão pela Europa. Aprendeu, com seus pais, desde criança a gostar de viajar. Adora viajar e diz que "sem viajar não me reconheço"! Escreve sobre suas viagens pelo mundo afora de forma divertida e leve. Escritora por hobby, além desse blog tem dois livros de viagens publicados.

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