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Canal du Midi de barco (por Melissa Sales)

IMG_8605Navegando pelo Canal du Midi – Relato de Melissa Sales* (entrevista para “Ana no Mundo”)

1) O Barco

O barco em que viajamos foi o Allouet da Belmond (empresa proprietária do Orient-Express, Copacabana Palace, etc). Um barco considerado de luxo.

O Roteiro: de Béziers à Carcassonne (sul da França, região de Languedoc-Roussillon). A rota pode ser feita também ao contrário: de Carcassonne a Béziers, como está no site oficial do barco.

O barco tem capacidade para 4 passageiros e 4 tripulantes (o capitão, a guia, o chef e a camareira/copeira). Tem um deck que fica “ao sol” (quando há) com visão de 360˚, mesa e sombrinha de sol. São dois quartos para os passageiros e mais a área apropriada para a tripulação. Tem ainda uma sala, banheiro, cozinha... Além disso, o barco era lindo e todo cheio de flores!

Tudo está incluso no passeio de seis dias: Todas as refeições (“personalizadas”), lanches (além dos lanches principais, sempre que for pedido algo extra, a qualquer hora, o chef faz), todas as bebidas alcoólicas e não alcoólicas (quando quiser e o que quiser), os passeios pelas cidades em que o barco aporta e/ou nos arredores (com uma van da própria empresa Belmond, e acompanhado por uma ótima guia).

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Um dos quartos

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Detalhes…

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Amenities

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Sala e saída/escada para o deck

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A sala

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Espaço da sala e mesa de jantar

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O barco

2- A viagem de barco pelo Canal – a história

Começamos a viagem no dia 16 e terminou no dia 23 de Maio de 2015 (uma semana). O pessoal da companhia (Belmond) foi nos pegar no hotel em Paris (éramos dois casais) e nos levou à estação de trem. Chegando lá havia uma pessoa da empresa com as passagens para nos entregar.

Fomos de Paris até Béziers de trem. Chegando em Béziers (no dia 16/05) já estavam o capitão e nossa guia do barco aguardando, todos fardados e super simpáticos, nos esperando com coquetéis.

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A copeira com nossos coquetéis

No nosso 1º dia de navegação pelo Canal (17/05), navegamos de  Béziers até Capestang.

No 2º dia saímos de Capestang  e fomos até Pézens. Amei essa cidade muito antiga e charmosa.

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O Barco: “Alouette”

No 3º dia navegamos de Capestang à Le Somail.

Antes de chegar no destino do dia, fomos conhecer uma fazenda de truffas na cidade de Argeliers e também uma produtora de azeites e mel maravilhosa!

Conhecemos a produtora de azeite L’ Oulibo e tivemos aula de como é feito o azeite (como todos os passeios, esse também estava incluso). Fizemos degustação de azeite, tinha uma lojinha bem sortida de acessórios…

Na cidade de Le Somail ficamos parados numa área bem linda!

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No 4º dia saímos de Le Somail rumo à Homps. Voltaria a Homps pela beleza da cidade, tudo antigo e bem cuidado. E, nesse dia fomos almoçar no mercado com o chef e a tripulação (essa foi a única vez que comemos fora do barco). Conhecemos a catedral de Narbonne (fomos até lá na van com a guia), belíssima! À noite voltamos para o barco para jantar! (20/05).

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No 5º dia (21/05) saímos de Homps e fomos até Carcassonne. Antes do ponto de chegada, conhecemos uma cidade bem pequena chamada Minerve. Fiquei encantada!!! Tinha uma livraria que vendia livros dos séculos passados, incríveis.

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Minerve

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Finalmente chegamos em Carcassonne, uma cidade amuralhada com castelo medieval, o segundo monumento mais importante da França só perdendo para Torre Eiffel, mas confesso que fiquei mais apaixonada por Minerve (Minerve foi escolhida como uma das mais belas vilas da França). À noite assistimos um show de um grupo musical que eram parentes do Gipsy king, foi ótimo!

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Em Carcassonne

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As muralhas de Carcassonne

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Em Carcassonne, do lado de fora da Cité (Cidade dentro das muralhas)

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O Barco ancorado

No dia seguinte (22/05), após o café da manhã, partimos de volta para Paris.

3- O que foi importante na viagem

Tudo foi importante, mas se é interessante citar algumas coisas.

Sobre a alimentação – Ao chegarmos o chef nos perguntou se tínhamos restrições alimentares ou o que mais gostávamos de comer. Todos os dias tínhamos uma surpresa, claro que de acordo com nossas restrições ou gostos. Muitas vezes o prato era diferente para cada um de nós.  Eles iam adaptando a comida de acordo com nossas preferências que iam aparecendo no dia a dia. As refeições eram sempre perfeitas!

Algumas adaptações foram feitas, como trocar o almoço pelo jantar (preferíamos algo mais leve no jantar), alguma sobremesa, alguma fruta no café da manhã, etc. Super flexível e tudo muito bom. Um dia meu sogro (que gosta de cozinhar) pediu para ele mesmo fazer o jantar e o chef acolheu muito bem a ideia! Muito gentis!

A mesa era sempre organizada de forma diferente e sempre linda. Com flores, toalhas diferentes, etc.

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A mesa arrumada para um café da manhã

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A Mesa arrumada para um jantar

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Outro tipo de arrumação/decoração da mesa interna

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Comidinhas….

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Pratos de um café da manhã e flores

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Um dia no café da manhã

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Queijos e geléias

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Delícia!

Os quartos – Eram super cômodos e bonitos, e sempre que saíamos, até mesmo para o café, quando voltávamos eles tinham arrumado o quarto novamente. Impecável . Sempre com flores!

Onde o barco ancorava para dormir– Sempre num lugar tranquilo, longe de outros barcos. Se a pessoa quisesse poderia sair, caminhar à beira do Canal, enquanto esperava o jantar. Vale salientar que devido à algumas partes do canal ter muitas raízes, não é bom para correr. Melhor para bicicleta ou caminhar.

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Os passeios – Geralmente eram feitos durante o dia, e íamos de van (com a guia que nos esperava com água, refrigerantes, etc). A guia era muito culta e explicava tudo muito bem. Alguns passeios podiam ser trocados, caso quiséssemos. Por exemplo, como já tínhamos ido a outras vinícolas (em outros lugares) preferimos não ir em um dos passeios a uma vinícola e trocar por um outro. Tudo era flexível. Visitamos várias cidades e algumas vezes a guia via pelo perfil do pessoal se deveria ir ou não naquele lugar ou trocar por outro.

A tripulação – simpática, capacitada, querendo sempre nos agradar,  e sempre fardados (com belas fardas que eram trocados a cada manhã e tarde).

Extras – Como já falei que eles estavam sempre atentos em nos atender. Por exemplo, ao pedir para pescar, prontamente nos atenderam com todo o material necessário (já havia varas de pescar no barco, bem como bikes). Outras vezes queríamos ver alguma coisa a mais, como um show que descobrimos em uma das cidades e eles nos levaram.

Vinhos– Os vinhos eram normalmente da região, do local por onde passávamos. Mas, caso não gostássemos o mesmo era trocado.

Outras bebidas – Sempre que voltávamos de um passeio estavam nos esperando no barco com espumantes ou coquetéis diversos. Tudo delicioso.

O Clima – Fomos em final de maio e ainda estava um pouco frio, apesar de termos pegado os dois primeiros dias com muito sol. O frio nos impedia de ficar mais tempo no deck, mas mesmo assim foi ótimo. Vale salientar que os preços do barco aumentam muito no verão. De toda forma tem muito mais gente no verão o que também pode não ser tão bom (depende do gosto). Tem muito vento no Canal e por isso nem sempre dá para ficar no deck (pelo menos na época), e existem árvores na maioria dos lugares, o que faz com que tenhamos sombra quase sempre.

E finalmente? E O Canal é muito lindo, muitas árvores, paisagens belas. As cidadezinhas que ficam por perto do Canal também são muito bonitas. Não existe tédio, sempre tem algo a se fazer. Mesmo navegando, só as paisagens belíssimas entretêm qualquer um. Quando o barco ancora, no fim da tarde, se quiser pode passear à beira do Canal, a pé ou de bicicleta (que tem no barco). Essa foi sem dúvida uma das melhores viagens da minha vida (ou a melhor?)!

*4) O perfil da entrevistada: 

Melissa é arquiteta paisagista, adora viajar, decorar mesas com o conceito scrap e pratica atividades físicas. Casada com Silvio, é mãe de três filhos e três enteados. Sua paixão pela natureza começou na infância com a madrinha “Tia Rinaura”, e entrou na faculdade de arquitetura já sabendo que iria para a área de paisagismo. Hoje tem uma empresa de execução paisagística e já atua no mercado há treze anos. Não se vê em outra profissão, acha que tem muito o que aprender ainda, mas sabe que está no caminho certo pois ama o que faz e isso é gratificante.
Finalizando, quem a conhece sabe da sua paixão pela natureza, e quando viaja procura fazer alguma parada por jardins ou lojas na área.

“O Canal do Midi foi umas das melhores experiências com a natureza”, disse Melissa.

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Observação de ana no mundo: Essa foi uma entrevista muito interessante para mim, pois eu já tinha feito o Canal du Midi de bike, e antes queria ter feito de barco (história contada aqui no blog). Logo, quando  Melissa me contou que ia fazer o Canal de barco fiquei na expectativa de saber como tinha sido. Assim, temos agora o relato feito por Melissa Sales, dessa charmosa viagem.



Engenheira por formação, fez doutorado em Madrid onde começou sua paixão pela Europa. Aprendeu, com seus pais, desde criança a gostar de viajar. Adora viajar e diz que "sem viajar não me reconheço"! Escreve sobre suas viagens pelo mundo afora de forma divertida e leve. Escritora por hobby, além desse blog tem dois livros de viagens publicados.

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