Depois de pedalar quase uma semana pelo Canal du Midi (ver aqui), ficamos quatro dias em Sète, três em Bordeaux e dois em Toulouse. Vamos falar contar um pouco desses outros dias sem bike, a começar por Sète…
Chegando a Sète, tínhamos alcançado nosso objetivo: Cruzar o Canal de Midi (de Toulouse* até Sète). O referido canal foi construído com o propósito de chegar ao mar Mediterrâneo (desde o Oceano Atlântico) para fins de comércio. Atualmente não é usado não mais para comercializar e sim para “turistar”.
*Obs. Não iniciamos nossa viagem-passeio no Atlântico porque nossa intenção era “fazer o Canal de Midi”, e de bicicleta. O mesmo começa em Toulouse, onde se conecta ao canal de Garonne (abastecido pelas águas do rio do mesmo nome e que desemboca no oceano atlântico, logo após a cidade de Bordeaux), dando continuidade a este. Assim , o Canal Du Midi “vai” de Toulouse até a lagoa de Thau, onde se junta ao canal de Rhône para atingir o mediterrâneo, tendo Séte como principal porto.
Vale salientar que, se você estiver em Sète, você poderá conhecer várias cidadezinhas legais ao redor, como por exemplo Marseillan (foto acima). Afinal, tem muito lugar legal por perto!
EM SÈTE
1) Um pouco de história
Sète é considerada a “Veneza do Languedoc”. pois possui muitos canais cruzando a cidade. Com cerca de 40.000 habitantes, é uma balneário legal e fica na encosta do Monte Saint Clair, entre a Lagoa de Thau, o mar e os canais, sendo um dos maiores portos do Mediterrâneo.
A lagoa de Thau é um lago de água salgada fechado onde se “cultivam” ostras e mexilhões. A pesca é uma das principais indústrias em Sète. A gastronomia é rica em frutos do mar e peixes, e o turismo ocorre principalmente em torno do canal principal e do porto de pesca, com seus barcos e inúmeros restaurante e bares, a se escolher.
É uma cidade cosmopolita com muitos estrangeiros, em particular italianos. Na verdade eu achei que Sète se parece um pouco com algumas cidades italianas, como se os habitantes tivessem alma italiana. Muitas vezes, eu mesma esquecia que estava na França e pensava estar na Itália…
Paul Valery, o poeta, e Georges Brassens, cantor e compositor, nasceram lá.
Um dos esportes mais praticados por lá são “as Justas” (na água), originadas na fundação do porto em 1666. As Joutes consistem em dois barcos com duas equipes que lutam uma contra a outra, com homens vestidos de branco (com detalhes em azul ou vermelho) e armados com varas e um escudo, procurando desestabilizar o equilíbrio do oponente, e que ficam em partes mais altas do barco, tipo uma “prancha”.
Sète tem 12 km de praia com areia fina, com um litoral formado por antigas salinas e vinhas. Nas praias, podemos usufruir de bares modernos e com ótima comida. São praias que valem a pena para um bom mergulho e para ficar curtindo a paisagem em bares de alto padrão!
2) Nossos dias em Sète…
Bom, voltando à nossa viagem, ficamos quatro dias em Sète. Nesses dias, além de curtir o centro de Sète, com seus bares e restaurantes, seus canais, o mercado e o Monte Saint Clair, fizemos várias outras atividades.
Além de passeios de barco, fomos às praias e curtimos seus bares legais!
Fomos também ao festival de jazz no Teatro de La Mér (um teatro fantástico de frente para o mar e na subida do monte)…
Ah! Conseguimos assistir a uma joute, quase em frente ao nosso hotel. Da varanda dava pra ver… Falando no hotel, era um hotel bem legal que ficava no canal principal, com varanda e com fachada antiga mas todo reformado por dentro…
Também alugamos um carro e fomos até Bouzigues, passando por Mèze e arredores. Bouzigues é famosa pelas ostras e mexilhões. Mèze também, só que mais rústica. As duas cidadezinhas são charmosinhas e ficam às margens da Lagoa. Comemos em Bouzigues num restaurante de pescadores indicado por uma vendedora de uma lojinha em Mèze. Comida boa e preço bom! Valeu!
Depois de dias divertidos, fomos pra Bordeaux como planejado. Pegamos novamente nossas bikes, até então guardadas na garagem do hotel, e, pedalamos até a estação de trem.
As bikes no trem para Bordeaux…
Passei um sufoco quando percebi que os trens paravam rapidamente, por cerca de dois minutos apenas… Tinha que encontrar o vagão das bikes e o nosso (que era diferente do das bikes), subir no trem com a bike, etc. e tal. Mas, deu tudo certo pois Santiago (mon mari) me ajudou. Ele subiu a minha bike enquanto eu fui procurar o local de bicicletas no trem.
A chegada à Bordeaux, na saída do trem, foi um pouco mais estressante. Mas, depois dessa primeira vez fiquei mais tranquila para as próximas…
De Bordeaux, pegamos outro trem pra Toulouse. Nos próximos textos contarei mais (clique nos nomes das cidades para ver)…
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1 Milão – O começo da road trip pela Itália
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2 Aveiro: um lado português de águas e de cores!
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3 Calanques de Cassis: Como chegar
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4 Cassis e suas Calanques: O Mar na Provence
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5 Marseille: Bate&Volta desde Aix-en-Provence
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6 Aix-en-Provence: Quase morando lá!
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7 Nice
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8 Giverny: Um Bate & Volta desde Paris!
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9 Paris em Maio! (²)
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10 Quer viajar pra onde?
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