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Carmelo: Viajando pelo interior do Uruguay

securedownloadEssa nossa viagem foi decidida um pouco de última hora. Iriamos fazer um pedal pela França e Alemanha, mas o preço das passagens nos desanimou.

A idéia era fugir da Copa, das suas movimentações que iriam acontecer pela nossa cidade Natal. Bom, então começamos a procurar pela América do Sul porque aproveitaríamos nossas milhas, e decidimos pelo Uruguay, aproveitando umas dicas de meu filho mais velho!

Mas não pelo Uruguay mais conhecido e agitado, como Punta del Este ou Montevidéu. E sim pelo lado mais tranquilo: Colônia, que já é sabido de seu charme, e Carmelo* que vi durante minhas pesquisas muitos elogios ao Four Seasons de lá.

*Carmelo é uma cidade localizada no departamento de Colonia , no oeste do Uruguai , conhecida por suas vinícolas (fonte). 

Partimos dia 12 de junho, abertura da Copa e dia dos namorados. Nosso primeiro destino era Carmelo. Aliás, o destino era o hotel (o Four Seasons) porque a cidade é muito pequena e sem maiores atrações para passar os quatro dias que pretendíamos ficar por lá. Então, o destino mesmo era o Four Seasons e curtir as atividades do resort.

Obs. Antes de viajar já fiz até um post, aliás dois: um sobre Carmelo (clique aqui para ler) e outro sobre o hotel (leia aqui), os quais vejo hoje que não traduzem fielmente o que de fato ocorre. Por isso, já comecei a fazer uma crítica minha nos próprios.

1) Os Planos 

Nossos planos eram: curtir o SPA, pedalar por lá, cavalgar um pouco, aproveitar a gastronomia local, visitar algumas vinícolas e conhecer Carmelo. Relaxar e curtir a natureza! Depois iríamos passar mais três dias em Colônia (depois conto).

Quero dizer que tudo foi dentro do previsto, exceto o item “conhecer carmelo” pois tínhamos expectativas melhores. Mas, a cidade não tem o charme de Colônia do Sacramento (nem de longe), é uma cidade do interior um tanto comum e o melhor de lá é conhecer a ponte giratória, como já disse em post anterior. As praias, estavam desertas e eram apenas bonitinhas, talvez fossem agradáveis no verão, e até o porto de iates estava deserto… Bom, mas fizemos esse passeio numa manhã e nos demos por satisfeitos.

2) A Travessia do Rio da Prata

Optamos por chegar via Aeroparque (Buenos Aires), já que não iriamos a Montevidéu, pois é bem mais perto de Colônia e de Carmelo. O  hotel se encarregou dos transfers e dos tickets de buquebus (para cruzar o rio que separa a Argentina do Uruguay). Chegamos em Buenos Aires num dia de chuva e, portanto, a travessia no Buquebus foi acompanhada de muita água vinda dos céus além das águas do Rio de la Plata.

No Buquebus. Que chuva!

No Buquebus. No começo só nublado, e depois chuva!

Comecei a ficar um pouco frustrada por antecipação. “E meus planos de passear de bike e à cavalo?”. Mas, esse “aperreio”  passou logo, pois a chuva só durou mesmo um dia… Gracias a Diós!

3) Chegando no Resort

Chegamos no meio da chuva e nem pudemos admirar a beleza do local. A entrada é muito linda, bucólica, cheia de pinheiros e eucaliptos. Mas no dia da chegada mesmo, a gente só prestava atenção à chuva. Ufa!

Depois de alojados fomos assistir ao jogo do Brasil num espaço que estava reservado para essa atividade. Fora nós quatro (estávamos eu, meu marido e um casal de amigos), apenas mais dois assistentes. Hilário, ver uma Copa assim com pouca gente. Mas eu não queria mesmo fugir da Copa? Então…

Nesse dia jantamos no restaurante principal do hotel. Queríamos ter ido jantar no “Gazebo”, um lugar mais romântico, já que era dia dos namorados. Mas, no inverno, não funcionava! Ok, foi ótimo assim mesmo!

Assistindo o primeiro jogo do Brasil da Copa 2014.

Assistindo ao primeiro jogo do Brasil da Copa 2014.

Nosso bungalow era perfeito, fazia jus as fotos que vimos e ao que lemos (a primeira foto aqui mostra a fachada de um deles). No começo, havia ficado em dúvida entre escolher um bungalow ou uma suíte (*), mas estou certa que fiz a melhor escolha (detesto ter que ficar subindo escada, mas há quem goste…).  Ficamos super bem instalados, e apesar da chuva lá fora a paisagem era incrível!

(*) É só ver os dois tipos de alojamentos no site do hotel para que possam optar. É a preferencia de cada um (suíte ou bungalow?)...

Aqui vale um parênteses: Acho que o hotel não está preparado para dias de chuva, pois quem nos leva aos bungalows (que são um pouco mais distantes que as suítes) são uns carrinhos de golf. Imagine a molhadeira, apesar da boa vontade dos funcionários em nos dar guarda-chuvas enormes e tentar “tapar o sol (aliás, a chuva) com a peneira”! Não dá!

No outro dia descobrimos que nossos bungalows nem eram assim tão distantes do prédio principal, e havia um caminho bem legal pra chegar lá a pé! Com sol, tudo é maravilhoso!

Despertamos e abrimos nossas cortinas. Logo teríamos uma vista super maravilhosa: bosques e o rio! Os bungoalows têm super janelas de vidro (quase todo o bungalow é totalmente janelas, pode-se dizer), portanto uma super vista!

O Bungalow

O Bungalow

Logo no primeiro dia fomos dar uma checada nos arredores, antes mesmo do café da manhã! Adorei o que vi! O Rio, os bosques, a praia do rio, lugarzinhos charmosos naturais e outros “feitos pelo homem” como um espaço bacana para fazer ioga, por exemplo…

o rio...

o rio…

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espaço pra ioga….

4) Passeios de Bicicleta

Foram 4 dias por lá. Um dos passeios legais que fizemos foi de bike (no hotel tinha bicicletas “free”). Depois de um delicioso café-da-amanhã íamos pedalar. Veja que paisagens lindas encontramos durante as pedaladas… Todas as manhãs era nossa “obrigação” ver essa beleza!

Uma coisa que achamos interessante foi a quantidade de casas (mansões) novas encontradas durante o percurso pela beira do rio Prata. Acho que o local está sendo super valorizado. Cada casa linda!

Nossos passeios de Bike

Nossos passeios de Bike pela beira do Rio de la Plata

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O Porto Camacho, fomos até aí de bike…

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Passeios aprovados!

Pelas estradinhas dos bosques do hotel, também passeamos com as nossas bikes

Pelas estradinhas dos bosques do hotel, também passeamos com as nossas bikes.

Alguns dias também usamos a academia do SPA pra fazer uma esteira básica. A vista de dentro também era super: pinheiros e mais pinheiros!

5) Vinícolas Visitadas

5.1) A NARBONA é uma vinícola digna de uma visita. O hotel providenciou o transfer! Fizemos uma visita rápida, nós mesmos, sem guia. É bem legal a “finca” e a “bodega”. A Cava nova e a velha. Aliás, íamos jantar na cava antiga, tudo preparado, mas nossos amigos preferiram um local com mais gente. E fomos jantar no restaurante tradicional da vinícola que também é ótimo. Valeu a pena!  Que tal um “ojo de bife” com um bom vinho? Adorei!

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Na bodega

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Na porta da nova Cava

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Os vinhedos…

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Pose nos vinhedos…

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No espaço reservado a alojamentos, poucos quartos e com selo do “Relais & Chateaux”

O nosso jantar estava arrumando mais ou menos assim, mas a opção foi pelo restaurante "normal"...

O nosso jantar estava arrumando mais ou menos assim (na Cava antiga), mas a opção foi pelo restaurante “normal”…

5.2) A IRURTIA é outra vinícola muito legal. A visita guiada é feita por pessoas da própria família, e a nossa foi ótima (nossa guia Maria Noel, bisneta do fundador, nos deu super dicas e contou histórias fantásticas!). Depois degustamos os vinhos na cava lá embaixo! Perfeito!

Bem diferente de outras vinícolas que visitamos em outros países, a Irurtia é mais simples, com características bem familiar,  mas muito bacana. Interessante ver os vários tipos existentes, e sem querer fazer comparações, cada qual tem sua especificidade que a torna única.

Ah, faltou dizer que o cachorro “Tachi” nos seguiu o tempo todo. Acho que ele pensava que também era um guia (risos)!

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Na Cava

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Tannat: Os melhores vinhos uruguaios

Os primeiros vinhedos da Irurtia (tem muito mais...)

Os primeiros vinhedos da Irurtia (tem muito mais…)

6) Almoços

6.1) O “Basta Pedro“, a uns 5 km do Four Seasons, é um ótimo lugar pra almoçar curtindo a beleza de paisagem de um pequeno porto (o “Puerto Camacho”). Fomos até lá de bike, mas pra almoçar o transfer do hotel nos levou e nos trouxe de volta .

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A vista que se tem do restaurante…

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Igrejinha ao lado fazendo parte da paisagem

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…e eu na minha sessão de fotos…

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O restaurante Basta Pedro

6.2) No mais, o restaurante “Pura“, do próprio hotel, é ótimo para almoçar ou jantar, o que fizemos umas duas ou três vezes!

O "Pura", restaurante do Four Seasons

O “Pura”, restaurante do Four Seasons

Vale repetir o que todos já sabem: As carnes no Uruguay, realmente, são ótimas! Claro que tem que provar as melhores, como o “ojo de bife” e o “entrecôte”.

7) De carros…

E pra quem gosta de carros antigos, encontramos muitos por lá! Estacionados nas ruas, nas “fincas” (vinícolas), em todo lugar…

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Esse, na Finca Narbona (eu, na frente, com minha amiga Lenize)

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Um dos primeiros carros da família Irurtia

8) E o que fazer em Carmelo?

Visitar a cidadezinha é rapidinho. Não é uma cidade charmosa como Colônia, assim, só vale a pena você dar uma caminhada rápida ou já ir direto para ver a famosa ponte giratória.

Ao fundo, a ponte giratória, uma bela obra da engenharia!

Ao fundo, a ponte giratória, uma bela obra da engenharia!

9) Cavalgadas

Pra quem gosta, cavalgar pelos prados uruguaios é bem legal! Paisagem bela! Fomos uma vez, eu sem a menor experiencia (fiz uns passeios à cavalo quando era adolescente em fazendas de primos ou amigas), mas adorei assim mesmo!

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Essa é minha sombra (risos)!

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E esse é meu cavalo (o que só aparece a cabeça) já que eu tou tirando a foto (rsrss). À frente Santiago (meu marido) e o gaúcho, que foi nos guiando.

10) E o que mais pra fazer no Four Seasons de Carmelo?

Aproveitamos bem o restaurante “Pura”, o bar “Mandara” e especialmente o SPA. E, como no inverno não dava pra usar a piscina externa (claro!), fomos na piscina do SPA bem quentinha e com uma jacuzzi que é show. E fizemos umas massagens ótimas pra “tirar” o stress! Fiquei “novinha”, pronta pra voltar à rotina! Será? 
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Pelos menos um brinde à beira da piscina externa…

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Saindo do nosso bungalow… Vamos jantar?

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Nosso bungolaw, mais uma vez! Vamos pedalar?

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…e a piscina do Spa, muito boa!

Obs. Final – Se você gosta de agito e não quer relaxar, lá não é o melhor lugar, especialmente no inverno. Porém, pra quem tá procurando sair do stress vale muito a pena. Pra mim foi dez: relax, passeios de bike, boa gastronomia, vinícolas por perto, paisagens lindas! Valeu! Mas, fique de “ôlho”: é pra quem curte relax, passeios em família e romance. Tudo “sem pressa”!

 



Engenheira por formação, fez doutorado em Madrid onde começou sua paixão pela Europa. Aprendeu, com seus pais, desde criança a gostar de viajar. Adora viajar e diz que "sem viajar não me reconheço"! Escreve sobre suas viagens pelo mundo afora de forma divertida e leve. Escritora por hobby, além desse blog tem dois livros de viagens publicados.

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