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Cruzeiro: De Buenos Aires ao Rio, passando por Punta del Leste…

viagens USA, Madrid, Pipa, Navio B. Aires, SP, etc 377Um navio italiano cheio de argentinos e brasileiros…

A primeira vez que viajei de navio, adorei! Foi na Grécia, lá pelo meio de 89, um tour pelas ilhas gregas. Mikonos, Santorine, Rhodes, Creta, Linda… Lembro que fiquei apaixonada por Mikonos e querendo voltar por lá um dia pra curtir aquela ilha com suas casinhas brancas por mais tempo… Um dia contarei…

Pois é, fiquei com essa boa lembrança de cruzeiro e sempre quis embarcar noutro… Assim, resolvemos um belo dia do ano 2008, passar o réveillon a bordo do Costa Romântica, um navio de bandeira italiana.

O preço tava ótimo, e o percurso era curto, bem do jeito que queríamos.

Pesquisei as qualidades do navio e gostei. Parecia que os navios da “rede” Costa eram bem conceituados. Um dos meus irmãos já havia viajado no Costa Serena para a Turquia e Grécia saindo de Veneza…

O Costa Romântica

O Costa Romântica

O cruzeiro partia de Buenos Aires e terminava no Rio. Calhou bem, porque eu tava querendo ir com San passar uns dias em Buenos Aires, e por outro lado, adoro o Rio. Estar lá nunca é demais!

Com essa combinação “Buenos Aires e Rio”, o navio só podia tá cheio de argentinos e brasileiros, claro!

Bom, mas na hora de finalizar a compra do cruzeiro, Santiago foi comigo e não gostou da cabine. Achou pequena e muito lá embaixo. Deu uma de rico e escolheu uma das melhores suítes! Eu adorei, claro! Acho que essa foi a melhor coisa que fizemos, e foi a melhor parte da viagem… Vamos aos fatos!

Depois de três ou quatro dias em Buenos Aires*, onde nos divertimos muito, fomos para o porto pegar nosso navio! A cidade é encantadora, com seus prédios quase “europeus”, bons restaurantes e com possibilidades de compras boas e baratas… De fato, curtimos bastante!

*O relato dessa e de outras estadias em Buenos Aires pode ser encontrado aqui no blog.

No Porto, eu e San e outro casal amigo, cumprimos os rituais necessários e entramos no nosso Costa Romântica! A recepção do navio era bem legal e já comecei a gostar.

Fiquei ainda mais entusiasmada quando chequei na nossa cabine-suíte e me deparei com uma janela de vidro enorme de cima até embaixo e de lateral à lateral, onde podíamos ver a paisagem integral, desde a cama. E que cama! Cabine enorme, bonita, podíamos dizer que era “quase” suntuosa! Pra quem ia antes numa uma cabine comum, essa era! Lá, já nos esperava uma garrafa de champanhe e frutas. O nosso “mordomo” e camareira foram-nos apresentados e estávamos cada vez mais deslumbrados e certos da escolha “de rico” que fizemos.

San na nossa cabine. Champanhe e frutas! Salud!

San na nossa cabine. Champanhe e frutas! Salud!

Eu na nossa cabine: Janelas de vidro, a visão total do mar!

Eu na nossa cabine: Janelas de vidro, a visão total do mar!

Com a escolha da suite, tínhamos direito ao almoço e jantar “a la carte” num restaurante separado do self-service dos “comuns mortais”. Que maravilha! Mas, eis que surge a primeira decepção: os pratos apesar de bem elaborados, bem decorados, não tinham sabor. Sabor à nada! Bem, não vamos exagerar. Dava pra comer o peixe e as sobremesas…
Um Jantar... (ou almoço?), com nossos amigos!

Um Jantar… (ou almoço?), com nossos amigos!

E quer saber? Às vezes encontrávamos alguma comida melhor lá no self-service do “povão”.  Ou então numa espécie de “churrascaria” que tinha em uma das terraças do navio. Mas, o melhor mesmo eram as pizzas!

Todas as noites, depois do jantar, existia uma pizzarias que ficava aberta até não sei que horas da madrugada! Essas pizzas valiam a pena! Devia ter visto isso logo, afinal era um navio italiano, né?

Nossa amiga Gleide e San devorando pizza!

Nossa amiga Gleide e San devorando pizza!

Mas, também pensando bem, nunca vi comida realmente boa onde se cozinha pra muita gente. Esses hotéis grandes, navios, enfim, não podem mesmo ter uma comidinha especial…

Além dos tantos restaurantes que nem lembro quantos, tinham uns bares. E um cassino! Não gosto de jogos, apenas passei por lá, e ponto.Tinha um grande teatro, e todo dia tinha um show, assim meio sem graça (pra mim, né? hehehe). Mas, se não se tinha nada melhor pra fazer, dava pra assistir. As pessoas deviam gostar porque lotava! Em paralelo aos shows maiores tinham uns menores, com cantores, bailes, bingos, etc e tal. Não me entusiasmei muito por nenhum deles não!

Então, nossa rotina no cruzeiro se resumia a fazer as coisas que mais gostávamos dentro de um leque pequeno de opções. Primeiro: Curtir a cabine o máximo possível. E isso incluía tomar o café da manhã lá, vendo o mar ou as cidades que passavam ao longe ou perto.

Eu na cabine: meu lugar preferido!

Eu na cabine: meu lugar preferido!

Em Punta del Este

Dos passeios que o navio oferecia só fomos a um: Punta del Leste. Valeu a pena! Valeu, porque me trouxe recuerdos de uma viagem que fiz na minha adolescência com meus pais e um dos meus manos. Valeu, porque de fato, Punta tem seu lado bonito, “se mostra” com suas riquezas de casas fantásticas, que de certa forma gostamos de curtir, de admirar! Valeu ainda porque nosso lado consumista aflorou um pouco, e compramos uns óculos de sol, camisetas e bermudas legais, diferentes e a preços muito bons!
Chegando a Punta...

Chegando à Punta…

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As casas…

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No porto…

Eu de compras em Punta!

Eu, de compras em Punta!

San em Punta com Mano de Punta del Este (Hand of Punta del Este) is a sculpture by Chilean artist Mario Irarrázabal

San em Punta , com “Mano de Punta del Este” (Hand of Punta del Este) a escultura do artista chileno Mario Irarrázabal

viagens USA, Madrid, Pipa, Navio B. Aires, SP, etc 514

A casa-museu do artista plástico Carlos Paés Vilaró

De volta ao navio…

Nos outros dias íamos pra academia do navio. Toda de vidro, com vista total do mar! Fazer esteira de frente para o mar era ótimo! Melhor ainda era fazer aula de spinning, lá de cima, vendo o marzão azul a nossa frente!
San no spinning do navio. Essa parte eu adorava!

San no spinning do navio. Essa parte eu adorava!

Depois desse ritual energizante, tomávamos nosso café, e íamos pra piscina (a qual pouco aproveitamos pois sempre estava nublado, com raras exceções…). De toda forma, lá dava pra bater um bom papo com nossos amigos ou outros conhecidos recentes…
Uma das piscinas...

Uma das piscinas…

Depois de certa hora, um bom vinho, whisky ou caipirinhas faziam parte das conversas. Admirar a paisagem também! Relaxar, e “não fazer nada” era o principal! Muito bom!

Eu e Gleide, no bar da piscina! Olha a Performance (risos)!

Eu e Gleide, no bar da piscina! Olha a Performance (risos)!

Em seguida o almoço, sem gosto, apesar do lugar ser “chique”, etc e tal, como já disse… Mas, com um bom vinho acompanhando a conversa, até esquecíamos do gosto sem gosto da comida… (Bem, sou um tanto exigente com comida, hehehe).
Um dia de jantar...

Um dia de jantar…

Um descanso na cabine (sempre era bom voltar pra lá), e à noite a saída para o jantar, ou às vezes simplesmente uma pizza, que apesar de menos chique era saborosa! Ver um pedaço de um show ou outro… Conversar… Comprar no free shop do navio… Passar pelo cassino… Sentar num bar… A Boate era mais pra adolescentes, quase crianças (eita tou ficando “véia”, é?)…
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Eu e San no navio, curtindo a paisagem…

Um dia teve o tal jantar do comandante, na verdade era um coquetel. Tivemos que nos arrumar melhor, mas foi uma boa “BL”, ou seja boca livre total de champanhe, whiskies e salgadinhos, até bons!
Jantar do Reveillon

Jantar do Réveillon

No dia do Réveillon choveu. Tinha banda em três lugares. Preferimos ficar na parte de cima do navio, onde havia mais gente e a banda era maior e mais animada. Mesmo na chuva, dançamos e nos divertimos. Também, com tanta champanhe!
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Brindando ao novo ano: 2009!

Festa de Reveillon debaixo de chuva!

Festa de Reveillon debaixo de chuva!

O navio ancorou também em Praia Grande e outra cidade/praia que nem lembro. Mas só descemos mesmo em Punta. Chegamos ao Rio ao amanhecer. Da cama pude ver a ponte Rio-Niterói, o morro do Pão de Açúcar  e o corcovado “que lindo!”.

Chegando ao Rio...

Chegando ao Rio…

Foi bom, mas teve seus lados onde a realidade superou a fantasia, e um pedaço do sonho de viajar pelos mares se quebrou… e fiquei sem “tesão” de novos cruzeiros… Por uns tempos vai me bastar….
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E Já no Rio, no Porcão do Flamengo… Saudade de uma boa carne!

Enfim, com esse Barco grande italiano cheio de argentinos e brasileiros, foi-se embora minha vontade de andar pelo mar em barcos grandes, em navios… Agora tou mais a fim de velejar… Quem sabe pelos mares do Caribe?


Engenheira por formação, fez doutorado em Madrid onde começou sua paixão pela Europa. Aprendeu, com seus pais, desde criança a gostar de viajar. Adora viajar e diz que "sem viajar não me reconheço"! Escreve sobre suas viagens pelo mundo afora de forma divertida e leve. Escritora por hobby, além desse blog tem dois livros de viagens publicados.

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