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E de novo França: Provence, Côte d’Azur e Paris outra vez (é claro)

Ana no Mundo

O meu primeiro relato dessa maravilha de viagem vai ser apenas um resumo de tudo que fizemos. Depois vou escrever posts sobre cada lugar, dicas etc. e tal.

Mas vamos ao começo!

  1. O Motivo

Um sonho de alguns anos atrás: Passar uns três meses em algum lugar legal, fora do Brasil, tipo morando (já morei três anos em Madrid, já passei um bom tempo no UK e também em Annapolis, uma bela cidadezinha dos EUA, etc. e tal). Queria muito repetir algumas experiências que tive. Mas…

Devido à questões que não estavam sob meu controle (risos) só tivemos um mês para embarcar nesse “sonho”. Escolhemos a região da Provence no sul da França.

Por que a Provence? Bom, não tem como explicar com palavras o porquê da escolha, mas dentro de um raciocínio um pouco mais lógico era uma das regiões francesas que eu ainda não conhecia. Também havia lido muito sobre a beleza dela, beleza de mar e de montanhas, de litoral e de interiores… Vi muitas fotos que “me chamavam” para lá! E não sei “porque cargas d’água” (risos), além de tudo, eu sou um tanto apaixonada pela França. Então…

Compramos as passagens no último dia de uma promoção da TAP, no último dia do ano passado, e um casal amigo foi junto nessa “empreitada”. Era aquela viagem que já estava decidida “dentro” de nós, mas ainda sem data marcada. Um dia, encontramos o casal num restô, e “conversa-vai, conversa-vem”, combinamos que iríamos os quatro. Daí, aparece essa tal promoção dos bilhetes aéreos, e… “vupt”. O primeiro passo estava dado.

Pelas ruelas de LOURMARIN (Provence)

Pelas ruelas de LOURMARIN (Provence)

2) O Planejamento

Confesso que foi uma das viagens que menos planejei em detalhes. Tivemos quatro meses para isso, mas… Entre veraneio, carnaval, pequena reforma do ap., curtir a vinda de um dos filhotes & família (que mora nos EUA) por um mês, etc. e tal, restou-me pouco tempo para pensar na viagem.

De toda forma, queríamos viver como moradores (quase, né? ôps), então não poderíamos planejar muito e sim “deixar rolar” um pouco o dia-a-dia. Mas, também gostaríamos de conhecer várias das cidadezinhas da Provence, logo tínhamos que ter um mínimo de planejamento.

E esse mínimo de programação foi feito entre eu e a amiga que foi junto. Pasmem: 90% usando e-conversa e apenas duas reuniões presenciais. Prevaleceram muitos whatsApps, alguns e-mails e, claro buscas anteriores individuais pela internet. Algumas outras reuniões em almoços com a presença dos maridos, mas que pouco resultaram em decisões importantes, pois os vinhos davam o tom, quase sempre (risos).

Depois de muitas dúvidas e pesquisas, decidimos os lugares que queríamos conhecer, estudamos um pouco sobre cada um deles (pouco, comparando com outras viagens que fiz, o que nos rendeu mais horas de estudo durante a viagem)… Fizemos uma lista das cidades que queríamos conhecer (e que teríamos tempo) mas essa decisão não foi “fechada”. Alguns dos lugares deixamos na lista, para decidir just in time.

Deixamos em aberto os transportes à usar no deslocamento para as cidadezinhas (trem, ônibus, carro alugado ou tour). Mais uma vez diferente do que sempre faço, pois normalmente já saio daqui com o carro alugado e/ou bilhetes de trens comprados. Compramos aqui (pelo site) apenas os trechos maiores de trem.

Um parênteses: Na Europa, e mesmo nos EUA, eu prefiro trem à avião. Adoro trens! São mais cômodos, é mais fácil chegar nas estações, não há burocracia para embarcar, e são rápidos (menos que aviões, claro, mas no total do tempo que se gasta, ainda vale muito pena).

No nosso projeto inicial, começaríamos por Paris e depois de alguns dias desceríamos para a Provence passando pela Borgonha (não sabíamos se de carro ou de trem). Nossa base na Provence seria Aix (pois fica também próximo ao mar).

Na grama do “Champ de Mars”, Torre Eiffel, Paris

Na grama do “Champ de Mars”, Torre Eiffel, Paris

Finalmente depois de muita conversa, tomamos algumas decisões, como cortar a Borgonha (fica para outra vez) e aproveitar melhor a parte do litoral da Provence (ou seja, a Côte d’Azur), fazendo de Nice outra base.

No meio desse tempo a TAP cancelou nosso voo e nos acomodou em um voo dois dias antes. Transtornos à parte, teríamos trinta e quatro dias de viagem (com mais dois dias em Paris além do planejado), incluindo os dois últimos em Lisboa (exigência do tipo de passagem que adquirimos pela TAP).

3) O Roteiro

Vou listar, a seguir, nosso plano original e comentar rapidamente sobre o que foi realmente cumprido ou não. Se algumas cidadezinhas deixaram de ser vistas, tivemos como contrapartida curtir mais as outras.

Tivemos três bases: Paris, Nice e Aix-em-Provence (nosso principal destino e onde passamos mais tempo: vinte e um dias). Lisboa, foi mais uma “complementação” da viagem, já na volta.

Base 1: Paris

Em Paris ficamos oito dias (os dois primeiros em hotel, devido à mudança do voo, e os seis outros em um ap. alugado pelo Airbnb, em St. Germain, bairro que amo!). De lá fizemos um bate&volta à Giverny, que vale muito à pena! E, Paris como sempre é ótimo, adoro voltar! Os detalhes contarei em outro post.

Paris, Louvre

Paris, Louvre

Base 2: Nice

Ficamos quatro dias em um hotel. De lá fomos, de trem, à Mônaco e Èze (Villefranche-sur-Mer estava nos planos mas não fomos devido às greves de trem). Em um outro dia, fomos num tour “privê” à Cannes, St. Paul de Vence e Antibes. Vou relatar tudo em outro post, mas já adianto que Nice é bem legal (já tinha ido há tempos), St. Paul é um charme e Èze também! Lugares que voltaria mais vezes.

Porto de Nice

Porto de Nice

Base 3: Aix-en-Provence

Foi nossa principal base, lugar onde praticamente moramos (ôps). Ficamos vinte e um dias maravilhosos, em um ap. alugado através do Airbnb (depois conto). Desses dias, ficamos vários na própria Aix, curtindo a cidade, vivenciando-a (Aix é muito, muito, legal). E, em outros dias fomos conhecer outras vilas & villages da Provence, as quais cito a seguir. Fomos de ônibus ou carro alugado ou tour (a partir de Aix é mais fácil ir para outras cidades de ônibus do que de trem).

Aix-en-Provence (fazendo loucuras, rsrsrs)

Aix-en-Provence (fazendo loucuras, rsrsrs)

As cidades e lugares que conhecemos (todos lindos), desde Aix, foram: Le Baux incluindo o maravilhoso Carrières de Lumière (em um dia, by tour); Lourmarin, L’isle sur La Sorgue, Fontaine de Vaucluse e Avignon (em outro dia, by carro); Arles (de ônibus); Roussillon, Gordes e Abadia de Senanque (em um dia, de carro); Gorjes du Verdon, Lac St Croix, Moustiere St. Marie e Manosque (nesse último, apenas a fábrice/loja da L’Occitane) em mais um dia, by carro. Marseille (de ônibus). Cassis e suas calanques (de carro; de lá fomos até as calanques a pé, por trilhas).

Abadie de Senanque

Abadie de Senanque

Campos de lavanda

Campos de lavanda

Lac St. Croix/Gorges du Verdon

Lac St. Croix/Gorges du Verdon

Pelas ruelas de Gordes

Pelas ruelas de Gordes

Lavandas na estrada

Lavandas na estrada

Estavam citadas no plano (apenas citadas, mas não incluídas), e não fomos (por absoluta falta de tempo, por darmos preferência a curtir mais Aix ou por motivos outros): St Remy, Chateneuf du Pape, Cucuron, Sisteron e Banon.

Depois explicarei tudo em outros posts. Aproveito para dizer o óbvio: Vale muito mais a pena alugar carro do que usar outros meios de transporte para deslocamentos entre cidades, tipo bate&volta (dependendo das distâncias, claro). Os motivos todos já sabem, mas principalmente temos a liberdade de parar ou ficarmos mais (ou menos) tempo onde quisermos.

Toda a viagem foi maravilhosa! Tudo, tudo! As feiras (ah, as feiras!), as estradinhas, as pequenas cidades (que amo), tudo enfim! E um dos pontos altos foi passar pelos campos de lavanda nas estradinhas dos “departamentos” de Vaucluse e pelo Plateau de Valensole. Com direito a parar, descer do carro pegar e cheirar as lavandas, que apesar de ainda estarem no começo da floração, já estavam magníficas!

Aguardem os relatos completos de cada dia, e dicas mais detalhadas, dessa maravilhosa viagem!



Engenheira por formação, fez doutorado em Madrid onde começou sua paixão pela Europa. Aprendeu, com seus pais, desde criança a gostar de viajar. Adora viajar e diz que "sem viajar não me reconheço"! Escreve sobre suas viagens pelo mundo afora de forma divertida e leve. Escritora por hobby, além desse blog tem dois livros de viagens publicados.

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