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EDINBURGH: A Beleza Cinza-Fortaleza da Capital Escocesa

Edinburgh é a sede do governo nacional da Escócia e local. O Parlamento de Escócia está localizado aí… Vários edifícios de importância do governo se encontram dentro da cidade, a qual é administrada por três níveis, a prefeitura, o Parlamento Escocês e o Parlamento do Reino Unido.

Estive lá pela primeira em vez em 1988, época do famoso festival internacional de artes, música, dança e teatro, que ocorre em todos os meses de agosto. Morava em Madrid e, portanto, fui com meus dois filhotes “pela mão”.

Eu e meus “filhotes” em Edinburgh, 1988.

Faz parte desse festival, um show de bandas militares o Tattoo tocando gaitas-de-fole! Dessa primeira vez, assisti junto com os meus meninos!

Uma foto “escaneada” do nosso álbum (um pouco torta, rsrss), apresentação de uma das bandas do Tattoo..

A segunda vez, fui por ocasião de um curso “móvel” que fiz sobre “incubadoras de empresas e parques tecnológicos”, patrocinado pelo Conselho Britânico, que percorria várias cidades do Reino Unido, começando na Escócia (em Edinburgh) e terminando na Inglaterra, em Londres.

Finalmente, teve uma terceira vez bastante peculiar. Aqueles prédios belos e cinzas de pedra, me chamaram a atenção desde a primeira vez! O clima escocês, com altas doses de “alma” celta e whisky, pediam minha volta…

Retorno em Grande Estilo

Em 2011, voltei!

Planejando uma viagem pra comemorar o aniversário de my husband, onde a principal atração da mesma seria o famoso trem Orient-Express que tinha Londres como ponto de partida e Veneza como ponto final, aproveitei pra sugerir que o “niver” dele fosse regado a whisky “nacional”.

Daí, antes de Londres, fomos celebrar tomando whisky na Escócia! E, como seu birthday é em agosto, ainda tivemos a sorte de pegar o famoso internacional Festival de Edinburgh, que acontece justamente nesse mês, em todos os anos, desde 1947!

O dia do aniversário iria ser passado lá, e assim, escolhemos o melhor hotel dessa viagem: O Balmoral. Muito lindo, luxuoso e parecendo mais um castelo, se destacava no meio de tantos outros prédios maravilhosos!

O Balmoral

Foi engraçado, porque ao chegar no aeroporto e pegarmos um táxi, o motorista perguntou onde iríamos ficar. Dissemos que seria no Hotel Balmoral! O cara olhou pr’a gente com cara de espanto e disse: very expensive! Só que ele não parou por aí e ficou repetindo mil vezes essa frase! Ou a gente tinha cara de “coitados” ou o cara tinha algum “esquema” com outros hotéis, até porque ficou sugerindo uns tantos… Aí, Santiago (my husband) resolveu levar a conversa na brincadeira dizendo que tinha sido um presente de aniversário, e que realmente ele não teria como pagar tal hotel, blá, blá, blá…

Risadas pra lá e pra cá, fomos admirando no caminho a paisagem e ao entrar na cidade já começamos a ver (ou rever) a beleza de seus prédios. E, quando chegamos a avistar o tal hotel, aí entendemos o motorista! Realmente era um prédio suntuoso, magnífico! Era mesmo um presente de aniversário!

Andanças…

Bom, no nosso planejamento já constavam vários pubs, além das visitas tradicionais. Deixamos nossas coisas no hotel, e fomos direto para o Café Royal, um pub bem escocês, com aquelas letrinhas douradas na fachada e símbolos coloridos! Adoramos “de cara” a simpatia do povo, a comida, e ficamos “boquiabertos” com o menu de whisky! Uma lista enorme de whiskies, uma grande variedade, dividido por regiões (Lowlands, Campbeltown, Islay, Highlans e Speyside…).

Em frente ao Café Royal

Ostras, no Café Royal…

Lógico que nos encantamos especialmente com os puros (single) maltes. Nesse dia, já escolhemos os nosso preferidos: da Região da Ilha (Islay) com um gostinho peculiar de defumado…

Menu de Whiskies

Bom, nos três dias em que lá estivemos, visitamos os pontos turísticos tradicionais, nem sempre entrando em todos, mas pelo menos dando uma passada. Fomos até o Castelo, o Palácio de Holyrood, a Calton Hill (uma colina com vários monumentos e onde se tem uma bela vista da cidade), o Parlamento, a Cathedral de St. Giles, entre outros locais e monumentos.
Ah, fomos também visitar o The Scotch Whisky Experience, uma espécie de “fábrica-museu” do whisky onde se pode ver simulações do processo de fabricação de whisky. Lógico que tem várias destilarias reais que se pode visitar, mas como a maioria ficava um pouco distante de Edinburgh, e tínhamos pouco tempo, optamos por visitar uma “simulação”! Tem inclusive uma famosa trilha do whisky na região de Speyside. A destilaria mais perto de Edinburgh é a Glenkinchie (single malt whisky).

Prédio do The Scotch Whisky Experience

Vale salientar que além do whisky a capital escocesa também é famosa pelas cervejas. Edinburgh possui uma importante e tradicional cervejaria, a Caledonian Brewery.
Bom, voltando a nós…
Andamos a esmo, como diria meu pai, pela encantadora old city, pelas suas belas ruas lotadas de gente devido ao festival, parando ali e acolá… Andamos principalmente pela Royal Mile (onde tem o Castelo numa ponta e o Palácio e a Abadia de Holyrood na outra), indo num e noutro pub, a bebericar um whisky ou uma boa cerveja!!!

Em frente ao Castelo…

Outro pub legal onde almoçamos uma vez: “The World’s End”

Um dos pubs que fomos: O “Deacon Brodies’s Tavern“. Gente demais na rua Royal Mile!

Vale ressaltar que a Royal Mile é sub-dividida em vários trechos com nomes diferentes:  Castle Esplanade, Castlehill, Lawnmarket, High Street, Canongate e Abbey Strand. Um dia andamos por toda a Royal (desde o Castelo até o Palácio e Parlamento). De lá contornamos um “monte”, chegando no final (ou começo) da Princes St. onde fica a colina Calton Hill. Subimos, e nos deleitamos com a vista…

Monumento a Dugald Stewart em Calton Hill

Fachada da Jenners

Já a Princes Street, rua onde ficava nosso hotel, é uma rua tão longa quanto a Royal Mile, e fica paralela à mesma. Entretanto, é uma rua mais moderna, onde há um comércio mais “fino”  e também boa de “bater perna”. Lá, lojas da moda como VirginNext Gap estão na vizinhança de prédios suntuosos como a Jenners, considerada a mais antiga loja de departamentos do mundo.

Num dos dias, demos uma passada na Jenners, e depois fomos a um dos pubs planejados: o The Abbotsford . Em seguida, fomos passear nos jardins da Princes St, onde, além de belas flores,  tem um famoso monumento de estilo gótico em homenagem ao escritor Sir Walter Scott, o qual me lembrou a primeira vez em que lá estive!

Monumento a Sir Walter Scott, na Princes Street.

Nos jardins da Princes St.

O pub “The Abbotysford”

As ruas, sempre cheias de gente: artistas e público, devido ao Festival. Além das apresentações formais nos teatros, a arte “vivia” nas ruas de forma mais democrática e gratuita. Numa das noites assistimos, em um dos teatros, o ballet-ópera chinesa The Peony Pavilion.

Arte nas ruas

O Aniversário…

Na véspera do niver de Sant, tomamos uma champanhe Moet & Chandon e jantamos em um dos restaurantes de nosso hotel, que aliás, recomendo! O hotel tem dois ótimos restaurantes e três bares, sendo um piano-bar fantástico, que além do piano tinha também uma harpa…  Elegante! Muito inglês! Aliás, sorry, muito escocês!

Olha aí nossa champanhe!

Bom, no final, a comemoração do “niver” de Sant foi ótima! Começou desde o dia em que inciamos a viagem (em Lisboa) e só terminou na Itália, depois do famoso trem Orient-Express. Além dos vários whiskies “nacionais” que tomamos em diversos pubs e restaurantes legais, comemoramos “o dia mesmo”, almoçando em grande estilo no mais antigo e luxuoso restaurante de Edinburgh,o The Witchery by the Castle. 

Scottish seafood platter…

… com um bom vinho, no The Witchery!

Comi de entrada um Haggis (sabem o que é?), senão eu “morria”. Tava com água na boca desde que li sobre essa iguaria (e lembrei de um episódio), que pra algumas pessoas não deve ser nada desejável (hehehe!). Mas, pra mim tinha um sabor e uma lembrança especial: da segunda vez que estive no Reino Unido, num brunch feito por uma escocesa em Manchester, comi um haggis “de primeira”, acompanhado de champanhe e outras coisas mais, pra comemorar o aniversário de Lord Byron! Chique, não?

E sobremesa de aniversário…

Bom, voltando a nossa história de agora… Pra terminar o dia caminhamos mais um pouco pela cidade… Chegamos no hotel e encontramos uma surpresa: cartão de parabéns e um “prato-bolo” com chocolates pra Santiago.

Surpresa!

 E no final…

No final das contas nem fomos ao Porto de Leith, pois pensávamos que era mais perto… E, lá íamos nós já caminhando pro Porto, quando nos demos conta que estávamos indo na direção errada… Deixa pra lá…

Enfim, desistimos e preferimos ficar curtindo o centro histórico, com seus belos prédios e antigas fortalezas (castelos, palácios…) de pedras cinzentas, seus museus (que desta vez só passamos em frente), seus pubs… Seus fantasmas e seu clima medieval cheirando a whisky e ouvindo música celta, mesmo que só na alma…

E, mais andanças pelos belos parques verdes, cheios de gente alegre…

Os parques-jardins cheios de gente…

 Vale aqui abrir um parênteses e dar algumas dicas a mais (caso você tenha mais tempo…):

MuseusNational Gallery da Escócia (com obras de Gauguin, Cézanne, Monet, Velazquez, etc), o Museu Real da Escócia (especializado em geologia, arqueologia, história natural, ciências, etc.), o Museu da Escócia (especializado em história, povo e cultura), o Museu da Guerra de Edimburgo (localizado no Castelo de Edimburgo), o Museu da Infância ou Museum of Childhood.

Porto de Leith: Totalmente recuperado, conta com vários bares e restaurantes interessantes! Bom pra ficar admirando a paisagem enquanto curte uma boa comida. Um dos restaurantes indicados é o Martin Wishart.

Dessa vez também não assistimos ao Tatto. Achei que seria um saco rever aquelas bandas militares, embora que tivesse o lance bem legal das gaitas de fole, etc. e tal. Depois, soube que uma banda militar brasileira tocou lá dessa vez. Teria sido interessante ver? Talvez, mas…

Finalmente, na nossa última noite assistimos a um bom show de jazz e comemos umas ostras maravilhosas e um delicioso “sanduba” de salmão no nosso já familiar pub Royal Café!

E, no outro dia, fomos para Londres de trem… Aí já é outra história…

Cheers!

OBS. O Planejamento dessa Viagem que inclui também Londres, O trem Orient-Express, Veneza e Roma está no Picasa:

 

 

 

 



Engenheira por formação, fez doutorado em Madrid onde começou sua paixão pela Europa. Aprendeu, com seus pais, desde criança a gostar de viajar. Adora viajar e diz que "sem viajar não me reconheço"! Escreve sobre suas viagens pelo mundo afora de forma divertida e leve. Escritora por hobby, além desse blog tem dois livros de viagens publicados.

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