Nossa última trip foi pela Itália e foi simplesmente maravilhosa! Uma viagem pela Toscana e “de quebra” a Costa Amalfitana. Uma viagem que sempre ficava adiada porque me apareciam outras… Até que enfim fomos, e foi sensacional!
Eu já conhecia alguns lugares da Itália, incluindo da Toscana, e por isso mesmo resolvi “pular” algumas cidades, principalmente cidades grandes como Florença (ôps). A verdade é que também, ultimamente, damos preferência às pequenas cidades. E, viajando de carro não é fácil entrar em cidades maiores (relatarei melhor em outro post essa experiência de carro pela Itália, que tem algumas diferenças em relação à outros países)…
Toscana…
De cidades grandes ficaram Milão e Roma no roteiro, porque foram, respectivamente, as cidades onde o voo chegou e o voo saiu.
Da época da viagem: Junho
Junho foi um mês ótimo para essa viagem. Mesmo planejando com apenas dois meses de antecedência (por uma série de razões pessoais), deu tudo certíssimo! O clima estava ótimo e até deu para dar uns mergulhos no mar Tirreno!
Dois bons motivos para viajar em junho: 1) Junho, em vários países na Europa não é ainda tão quente e nem é mais frio. 2) Não é tão “muvucado” porque as férias européias se dão a partir do fim de junho, mas também não é tão vazio (o sol já começa a “chamar” mais turistas).
Obs. Julho e agosto, teoricamente, são os meses mais complicados em relação a quantidade de gente e ao calorão! Mas há quem ame exatamente por isso!
Concluindo, junho é um mês bacana e foi muito bacana. Muito sol, gente animando (mas não tanta), clima bom, astral legal. Para a Toscana foi ótimo e para a Costa Amalfitana e Capri foi perfeito.
Para não dizer que foi tudo perfeito… 1) pegamos alguns (poucos) dias de chuva, mas nada que um bom espírito de viajante não suporte (e até curtimos, risos). 2) E, em alguns pontos da Costa Amalfitana já tinha gente demais. Mas era só procurar um lugarzinho menos muvucado -que sempre existe- e… La vita è bella!
Tudo saiu como planejado. Com poucos senões, melhor não poderia ter sido! No total foram 21 dias de viagem (23 contando os dias dos voos).
De carro…
Alugamos um carro (tudo feito pela internet, ainda no Brasil, pelo site Arguscarhire – sempre comparo preços entre esse site e o rentalcars-). O carro foi um Nissan Juke (ver foto). Queríamos um ainda menor, diante do que falaram das ruazinhas e estradinhas italianas. Mas esse foi tranquilo!
Nosso carro alugado!
Pegamos o carro em Milão no último dia em que lá estivemos, e o devolvemos em Sorrento na Costa Amalfitana. Resolvemos não entrar com o carro em cidades maiores, e isso enxugou nosso roteiro o qual foi mais direcionado para cidades menores (que amo!).
Roteiro Itália 21 dias – Toscana & Costa Amalfitana
Vamos ao roteiro?
O Roteiro:
Milão
La Spezia (e Cinque Terre)
Toscana (com bases em Lucca, St Gimigniano e Montepulciano)
Costa Amalfitana (com base principal em Positano)
Capri
Roma
A seguir, um resumo com as cidades do roteiro, quantidade de dias, hotéis e bate&voltas. Depois, em outros posts específicos para cada cidade do roteiro, detalharemos tudo.
1) Milão – 02 Dias
Hotel Carlyle Brera – Hotel muito bom, no Brera, bairro “boêmio” de Milão. Perto de tudo. Vinte minutinhos a pé do centro histórico. Muitos bares, cafés e restaurantes por perto. Localização perfeita.
Galeria Vitório Emanuele
Sobre o que fizemos em Milão, restôs etc.? Tudo em outro post.
2) La Spezia e CinqueTerre – 02 dias
Hotel: NH La Spezia – hotel bom no padrão dos NH, vista do mar e em frente ao porto – quatro minutinhos a pé de onde saem os barcos para as Cinque Terre – e vinte minutos a pé para o centro e estação de trem.
Estacionamento – não tinha, mas usamos um estacionamento vizinho – público e pago (já acertado com o hotel previamente – 12 euros/dia).
La Spezia é uma ótima base para quem quer conhecer as Cinque Terre e Portovenere (considerada por alguns como a sexta “terre”). Barcos e trens fáceis partindo de lá!
Manarola, uma das Cinque Terre
Bate&Voltas: Conhecemos as Cinque Terre de barco e de trem. Depois, em um outro post, conto os detalhes. Dois dias foram suficientes, mas se eu fosse de novo ficaria três dias para curtir mais. Deu para curtir um pouco de Portovenere e curtir bem as Cinque Terre (Manarola, Riomaggiore, Corniglia, Vernazza e Monterosso al mare). Todas as cinco maravilhosas. Mas La Spezia também pareceu ser legal e não tivemos tempo para ela (somente conhecemos “correndo” o caminho entre o hotel e a estação de trem e passeios à beira-mar).
Sobre o que fizemos em La Spezia, Portovenere e nas Cinque Terre, restôs etc.: em outro post.
Já na Toscana:
3) Lucca – 02 dias
Hotel Al Porto di Lucca – Hotel maravilhoso, um B&B super charmoso numa casa histórica. Tudo ótimo, incluindo o café da manhã e as dicas dos proprietários. Localizado a quatro minutinhos da Porta San Pietro, uma das entradas da muralha.
Com estacionamento próprio grátis.
Lucca, na Piazza dell’Anfiteatro
Nenhum bate&volta– Os dois dias foram para curtir inteiramente Lucca (tínhamos uma dúvida se iríamos dar uma passada em Pisa que ficava super perto, mas não fomos. Eu já conhecia Pisa, e Lucca estava ótima! Não tivemos vontade de sair de lá).
Sobre o que fizemos em Lucca, restôs etc, em outro post.
4) St Gimigniano – 02 dias
Hotel Leon Bianco – hotel bom, dentro das muralhas. Pegamos um quarto com ótima vista para a praça. Localização perfeita.
Estacionamento – Não tinha porque o hotel fica dentro das muralhas, no centro histórico. Mas, era possível parar lá em frente (apenas para deixar as malas e depois deixar o carro em estacionamento fora das muralhas). Havia três estacionamentos próximos, com preços e distâncias variados. O mais barato, o nº 1 à 6 euros/dia, era também o mais longe dos três, porém nada mais do que dez minutinhos caminhando.
St. Gimigniano, da janela do hotel (vista da Piazza della Cisterna)
Bate&voltas –
Em um dos dias fizemos uma parte da Rota do Chianti (estrada SS222, também chamada de Via Chiantigana), parando em cidadezinhas como Greve in Chianti, Rada in Chianti e Castellina in Chianti. Por aí se encontra o melhor dos vinhos Chianti, principalmente os que tem o selo Galo Nero.
Na rota do Chianti
Sobre o que fizemos em St. Gimigniano e nas cidadezinhas arredores, restôs etc, em outro post.
Na estrada para Montepulciano:
Ao sairmos de St Gimigniano, em direção à Montepulciano, encontramos um lugar especial de lindo: Monteriggioni. Povoado minúsculo, praticamente uma praça, mas lindo de viver! Encontramos um restô super charmoso (Il Pozzo) e resolvemos almoçar por lá. Foi perfeito!
No Il Pozzo, um charme
Depois, no caminho, ainda demos uma parada em Siena. Essa parada estava nos planos mas em stand by, e resolvemos meio que na hora. Passamos algumas horas por lá dando uma olhada nos pontos principais, como a Piazza del Campo e a Catedral, e partimos. O estacionamento foi bastante complicado. Sempre é mais difícil estacionar em cidades maiores, e olhem que Siena nem é tão grande… Mas, conseguimos (ufa!). Depois, em outro post, vou falar mais sobre esse lance de estacionamentos na Itália.
Descendo de St Gimigniano em direção a Montepulciano pudemos apreciar paisagens cada vez mais belas nas estradinhas. A “verdadeira” Toscana começou a ser cada vez mais presente, com mais ciprestes pelos caminhos…
Estacionamento – não tinha (como em todo hotel que fica dentro da zona histórica). No mesmo “modelo” do anterior, podia-se parar em frente por vinte minutos para deixar as malas. Depois era estacionar o carro em um dos estacionamentos públicos (pagos ou gratuitos) por perto. Ficamos em um grátis (o nº 7) que ficava pertinho do hotel, creio que nada mais do que uns cinco minutos caminhando. Montepulciano tem muitas ladeiras, vale anotar!
Montepulciano
Bate&Voltas – Nessa base (Montepulciano) ficamos mais tempo pois nessa região tinha mais lugares que queríamos visitar (e visitamos), como: Cortona, Pienza, Montalcino, etc. Nessa região tivemos uma das melhores experiências da Toscana em enologia e gastronomia, aliada a uma fantástica paisagem. Descobrimos, em um de nossos bate&volta, na estrada, a La Dogana Enoteca. Depois falaremos mais sobre essa experiência!
La Dogana Enoteca
Sobre o que fizemos em Montepulcinao, Montalcino, Pienza e Cortona, incluindo os restôs etc, contaremos em outro post.
Vale salientar que a Toscana “dos filmes” que eu tinha em minha cabeça, está, sem dúvida, por essa região.
Um “ciao” à Toscana com chave de ouro!
Na Costa Amalfitana:
6) Cetara – 01 dia
Hotel B&B Nonno Nino – esse B&B tem apenas dois quartos que são espaçosos e bem mobiliados. Localização boa, simples mas todo arrumadinho. Um bom custo-benefício.
Estacionamento – Não tinha, mas tinha um em parceria com o hotel, uns dez minutos caminhando (reservamos antes). Pagamos um tanto caro (15euros/dia). Entrar na Costa Amalfitana é entrar também em preços mais altos (rsrsss).
Cetara. Créditos da foto positano.com
Cetara é uma vila de pescadores lindinha, super pequena (uma rua praticamente). Ficamos aí por dois motivos:
1) Vínhamos da Toscana e precisávamos dar uma parada antes de entrar na estrada (Costiera) na Costa Amalfitana, já que se falava muito das complicações de dirigir por lá. Então, queríamos fazer isso mais tranquilos sem o cansaço de horas de viagem desde a Toscana. Cetara, estava no comecinho da Costa (ou finzinho?), perto de Salerno. Assim, só rodamos uns cinco km pela Costiera.
2) Li que era famosa pela pesca do atum e anchovas (yummy) e vi por fotos que era lindinha. Pronto. Decidimos a parada.
É bacaninha, um charme, mas é para ficar só mesmo um dia (pode até fazer base por lá, pois é mais barato; mas, para mim, Positano é mais astral para uma base de mais dias).
Sobre o que fizemos em Cetara, restôs etc, em outro post.
Na Costa, à caminho de Positano:
No dia seguinte quando partimos para Positano (nossa principal base), já resolvemos parar em Ravello. Linda demais, não tenho palavras para descrevê-la. Vale todos os segundos que se passar por lá (Em outros posts entraremos em detalhe).
Depois de Ravello tentamos parar em Amalfi, mas não conseguimos estacionar (tudo lotado). Assim, seguimos para Positano.
Em Ravello
7) Positano – 03 dias
Hotel Savoia Positano – hotel muito bom, na melhor rua que se possa ficar. Alto astral e cheia de bares e restôs com super vista! Quase em frente ao famoso Sirenuse.
Estacionamento – Não tinha, mas tinha um super perto, parceiro do hotel. Caro (20 euros/dia)*.
*Bom, mas vou falar uma coisa: Não me arrependo um minuto de ter ido de carro para a Costa Amalfitana. Jamais teria conseguido ficar tranquila ou aguentar a maratona dos ônibus, pelo que vi por lá, pelo que li, ou mesmo por experiência de amigos (ôps). Agora, é muito complicado (na época que fomos: junho) conseguir estacionamento nas cidades mais famosas. Para conhecer algumas das cidades da Costa, muitas vezes é melhor pegar o barco (que é outra maratona, uma muvuca grande). Algumas pessoas pegam táxi que também pode valer a pena.
Positano, visto de cima, da rua do hotel
Bate&Voltas: Como já disse, na ida para Positano, já paramos em Ravello. No outro dia fomos de barco para Amalfi, visto que não conseguimos estacionamento no dia anterior lá (e nesse dia se tivéssemos ido de carro tampouco conseguiríamos, pois o estacionamento estava também lotado). Resumo dessa ópera: Não gostei nada esse bate&volta. Amalfi estava muito muvucado, gente demais, lojinhas turísticas demais (quase endoido rssrss), e de bonito mesmo tinha a Catedral (linda mesmo), mas sinceramente não quero mais esse tipo de aventura muvucada não (ôps)… O melhor foi ficar mais tempo flanando por Positano!
Em outros posts contarei os detalhes de cada cidade, de cada dia na Costa… E as dicas mais “quentes”!
8) Capri – 03 dias
Hotel Weber Ambassador – Maravilhoso! Não é um hotel top de luxo 5 estrelas, mas é bárbaro. Localização fantástica, vista lindaaaaaa! O hotel fica em cima e a praia lá embaixo (mas tem como descer tranquilo, num mosto de ladeirinhas e escadinhas fáceis).
O ap. tinha uma varandinha com vista para a praia, e até da cama se podia ver o mar … Em todo lugar do hotel se tem vista mara: da piscina, do restô, de quase tudo enfim!
Fica na Marina Piccola, longe da multidão e com uma praia linda de viver! Tinha transfer da balsa pro hotel e ainda mais tinha transfer a cada dez minutos do hotel para o centro de Capri (ida e volta) com esse serviço funcionando até 2 da madrugada! Super recomendo!
Capri, uma vista mara desde o hotel
Sobre o que fizemos em Capri, restôs etc, detalharemos em outro post. Capri é realmente o máximo! The best!
E terminando a viagem…
9) Roma – 02 dias
Hotel Navona Palace – Hotel charmoso, pequeno, com toque mais personalizado. Super bem localizado, já tínhamos ficado lá outra vez e resolvemos voltar. Pertíssimo da Piazza Navona e cheio de cafés e bares ao redor. Maravilha!
Roma, nas escadarias da Piazza di Spagna
E finalmente…
Esse roteiro foi maravilhoso. A seguir, outros posts detalhando cada cidade visitada! Aguardem que vem aí ótimas dicas! 😉
Engenheira por formação, fez doutorado em Madrid onde começou sua paixão pela Europa. Aprendeu, com seus pais, desde criança a gostar de viajar. Adora viajar e diz que "sem viajar não me reconheço"! Escreve sobre suas viagens pelo mundo afora de forma divertida e leve. Escritora por hobby, além desse blog tem dois livros de viagens publicados.
Comentário para Roteiro Itália 21 dias – Toscana & Costa Amalfitana