Roussillon, Gordes e Abadia de Senanque: Outro bate&volta desde Aix. De carro, curtindo as estradinhas, a beleza dos campos de lavanda começando a florir… Rumamos direto para Roussillon, sempre parando quando, encantados, víamos lavandas…
Quase como crianças, gritávamos no carro: “pareeeeee” para parar, descer e sentir as lavandas de perto. Se “embolar” pelos campos no meio das lavandas florindo, vivenciando de fato o prazer de sentir o cheiro e ver “ao vivo” as cores dos campos!
De Roussillon fomos para Gordes e ainda para a Abadia de Senanque, um local famoso que sempre aparece nas fotos dos campos de lavanda!
1) Roussillon
Roussillon* é linda. Simplesmente um amor à primeira pisada. Chegamos lá e estacionamos o carro num estacionamento logo na entrada, ao lado do início das trilhas do Ocre (Sentier des Ocres*). Não, não fizemos as trilhas do Ocre, pois depois de tanta trilha em Cassis, no dia anterior, não sobraram pernas nem vontade…
*A característica principal da cidadezinha é sua cor ocre (localizada onde fica o maior depósito de ocre na Europa). O ocre é um pigmento natural utilizado nas primeiras pinturas rupestres e é composto de argilas, areia e óxido de ferro. Sua propriedade colorante inalterável deu origem a sua exploração industrial no século 19. Várias minas foram abertas e o ocre do Luberon (Parque Regional Natural que inclui 66 municípios da Provence e onde se encontra a cidade de Roussillon) foi exportado para o mundo todo. Uma das antigas pedreiras de ocre, uma paisagem mineral moldada pela mão do homem e pela erosão, pode ser visitada através do “Sentier des Ocres”, uma caminhada de mais ou menos 30 ou 60 minutos (você escolhe a trilha), onde ficava a exploração de ocre da cidade.
Mas Roussillon, independente de fazer ou não as trilhas, é um lugar lindo simplesmente para curtir, andar à esmo, se perder entre as ruelas curtindo as fachadas das casas provençais e os ares da Provence. Afinal, o ocre se encontra em cada casa, em cada rua, em cada pedacinho de lá! E não é à toa que está entre as mais belas vilas da França.
Para começo de conversa, lá, ao lado do estacionamento, tomei o sorvete de lavanda mais delicioso de toda essa viagem pela Provence!
Então, simplesmente flanamos por lá. Andamos e andamos pelas ruazinhas, em cada canto encontrando mais encantos que nos enchia cada vez mais de vontade de ficar por lá… Depois de muito andar à esmo, depois de muito curtir a cidadezinha, sentamos num restô (que achamos por acaso: La Sirmonde) só para tomar um vinho, uma cerveja, sei lá… Ainda iríamos para Gordes nesse dia. As duas cidadezinhas estão muito próximas, então valia a pena conhecer as duas no mesmo bate&volta.
Mas, se eu tivesse que voltar no tempo não teria saído de lá tao cedo. Gordes é também lindinha, mas amei mais Roussillon. Gosto, nem amores, se discute né?
2) Gordes
A estradinha de Roussillon até Gordes é maravilhosa, cheia de campos de oliveiras, de vinhedos e de trigo, além de papoulas, aquelas flores vermelhas que se vê nos campos, mesmo entre as lavandas. E as lavandas, começando a florir, faziam mais festa nessas estradinhas!
Em Gordes, buscamos um lugar para estacionar. Não pareceu tão fácil como em Roussillon, mas encontramos um lugar. Andamos um pouco e logo a fome bateu à nossa porta ou ao nosso “bucho” como dizemos no nordeste (o “bucho” tem que tá cheio rsrss).
E aí encontramos uma ruazinha linda e nela um restô charmosíssimo -e com comida muito boa- (La Trinquette). A rua, simplesmente bela. De um lado casas no estilo provençal, e do outro um muro onde por trás se via uma magnífica paisagem dos campos provençais.
Almoçamos, tranquilamente curtindo a bela paisagem… Depois caminhamos mais um pouco por Gordes e partimos em busca da Abadia de Senanque (um monastério que é famoso pelos seus campos de lavanda).
3) Abadia de Senanque
Demoramos um pouco para encontrá-la. Foi um vai-e-vem pelas estradas, o GPS do carro não funcionava (aliás, funcionava errado – aiaiaia -), e nesse vai-e-vem terminamos achando a tal abadia. Ufa!
Bom, os campos da Abadia de Senanque ainda não estavam floridos de lavanda, mas valeu a visita. E, de quebra, pelas estradas encontramos muitos outros campos bem mais floridos, lilases e cheirosos!
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