Quando fomos pra região do Douro em Portugal, durante a fase de pesquisas vi, além das vinícolas, alguns passeios legais pra se fazer, como um num veleiro que foi fantástico. Falando em fantástico, vi também que tinha um parque de aventuras (Pena Aventura) e nele um tal de “fantasticable” que era o maior da Europa. O Parque fica um pouco fora da região do Douro, já na região de Trás-os-Montes em Ribeira da Pena.
A minha parte aventureira e desfiadora “me” propôs uma viagem nesse tal cabo. Consistia num “voo” de quase dois quilômetros de distância entre duas montanhas, a uma altura em torno de 150 metros e a uma velocidade que poderia chegar aos 130km/hora. Conversei bastante por e-mail com um dos administradores (ou seria um dos donos?) do parque e tirei todas as minhas dúvidas. Pensei que também tinha “tirado” meus medos! Loucuras à parte, agendamos.
Lá chegando, só vi “boys” e apenas eu e San de “velhotes” (risos). Pensei com meus botões: “vou mais não!”. Mas, em seguida baixou meu espirito desafiador e me preguntei: “Que danado de desistência é essa? Será que estaria com vergonha daquela gente jovem?”. Decidi, então, que “dane-se essa vergonha” e fomos nos vestir com a parafernália própria pro tal voo. De van, chegamos até a montanha onde tudo começaria.
Na hora “H” quando me vi deitada e com aquele mundão de árvores lá embaixo, “amarelei”… Parecia mais um buracão que se estendia à minha frente, e eu tremi nas bases. Afinal, você fica deitada/o de frente ao “precipício”, com os pés presos “lá trás” e apoiando-se nas mãos (com os braços estendidos no solo), quase em posição de quem vai fazer “flexão”… E o “mundão” à sua frente!
Quando o cara disse pra eu tirar as mãos do chão e segurar no local devido pra iniciar o voo, eu me senti totalmente insegura e disse: “Cara, vou desistir”. Afinal, umas meninas (e meninos também!) já tinham desistido, e qual era o problema de eu desistir também? Hummm…
Entre esses pensamentos de “vou ou não vou”, eis que aparece na minha frente o tal carinha que eu tinha falado por e-mail. Ele tranquilamente falou comigo, relembrou nossas conversas, reafirmou que era seguro, etc. e tal, mas disse que eu que decidia… O fato é que em segundos ele me acalmou, e eu decidi ir em frente!
Foi um dos melhores passeios de minha vida! Foi como voar sem asas, ver tudo lá de cima, a beleza da mata, das árvores, e até das estradas… Senti uma liberdade sem tamanho! Quase não deu tempo de sentir medo algum. Só num trechinho, aonde o vento começou mais forte (na lateral) e eu fiquei meio que parando e balançando (ui!)… Questão de segundos. De fato, 99,99% do tempo, só curti! E já penso em ir de novo! Alguém sabe onde tem outro por aqui?

O voo… (foto do site)
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