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Serra de São Bento: Aventuras e Gostosuras!

IMG_5035Eu já tinha ido por lá… Até escrevi um post onde conto, entre várias outras aventuras, a minha aventura escalando a Pedra da Boca. Mas, essa Pedra fica do lado da Paraíba. Pois é. A Serra de São Bento fica bem na divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba. Da outra vez fiquei hospedada do lado da PB, agora do lado do RN em uma pousada do Roteiro de Charme… Então? Vamos conversar sobre esses dias passados na Serra?

1) A Promessa descumprida

Eu tinha prometido nunca mais escalar (ou subir com meus próprios pés) uma montanha depois que subi a Pedra da Boca na Paraíba, fronteira com o RN. Foi complicada porque é basicamente pedra, sem trilhas. E alto pra caramba! Depois soube que existem trilhas normais, mas o nosso “guia”, à época, nos levou pelas pedras. Enfim… Contei tudo no post citado anteriormente.

Mas, a primeira “descumprida” da promessa foi na Patagônia quando fiz um trekking no Glaciar Perito Moreno. Só me dei conta quando já estava lá em cima (risos). E, depois dessa resolvi encarar algumas outras subidas…

Bom, dessa vez na Serra, fizemos várias trilhas e sempre subindo algumas Pedras, mas nunca tão difíceis quanto a Pedra da Boca. Subimos a Pedra da Mata, a Pedra do Cruzeiro e outras menores. Vale salientar que sempre existe mais de uma subida para se chegar ao cume dessas Pedras. As mais fáceis, as difíceis, etc e tal.  E claro que nunca subimos pelas mais fáceis (risos). Vou contando…

2) A hospedagem

Ficamos numa pousada muito legal, a Villas da Serra, que faz parte do Roteiro de Charme. Com uma vista de tirar o fôlego, descansar era nosso lema. Passava horas na nossa varanda admirando a paisagem. E mais outras horas batendo papo e tomando vinho na parte externa do restô com parte da família que estava lá: marido, filhote, nora e netinho.

Da varanda do nosso ap. na Pousada

Da varanda do nosso ap. na Pousada

A paisagem era tão deslumbrante que meu pequeno neto resolveu “virar” cantor e compositor e desandou a cantarolar sem parar em uma das noites. E com letras de improviso inventadas por ele. Morri de rir!

Mas, claro, com meu espirito aventureiro não podia ficar parada todo o tempo. E fomos fazer trilhas também!

3) O que fazer na Pousada? O que fazer na região?

Além de curtir a bela paisagem, descansar e relaxar? Bastaria isso, não é? Mas tem mais coisas a fazer: Entre as coisas que mais gosto tem diversas trilhas guiadas pelo pessoal da própria pousada.

O que mais? Tem passeios à cavalo e até quadriciclos (esses últimos não são de meu gosto, pois prefiro andar na natureza com meus próprios pés! Cavalos e bikes também curto, mas coisas motorizadas não… bom, mas cada um tem seus gostos).

Passeio de cavalo com a família (eu sou apenas a fotógrafa, rsrsrsss)

Passeio de cavalo com a família (eu fui apenas a fotógrafa-risos-)

Tem uma piscina num espaço tipo “clube” com quadras de tênis, barzinho, etc e tal. Fica por perto, mas tem que andar um pouquinho, ou pegar seu carro, pois apesar de ficar na propriedade (fazenda) não fica exatamente “colado” à pousada. Por questões de comodidade minha, fui apenas uma vez curtir a área da piscina. Dei preferência aos quartos, varandas e cantinhos charmosinhos dentro da pousada mesmo.

A piscina. Com vista bem legal, apesar de ser um pouquinho longe da pousada (e haja comodidade - risso-)

A piscina. Com vista bem legal

Tem um bistrô que funciona algumas noites noutro espaço (Pedra do Sapo)… E tem também o restaurante da própria pousada.

Fora da pousada tem mais coisas a fazer. Outras trilhas, outras pedras para escalar, rapel, outras aventuras. Nesse quesito “aventuras” a Pedra da Boca* “ganha” de todas. Tem ainda outros restaurantes pela região, outras pousadas para gostos e “bolsos” variados, etc.

*A Pedra da Boca fica no Parque Estadual de Pedra da Boca, município de Araruna/PB (fronteira com o RN, pertíssimo da Serra de São Bento, que dá até pra ir caminhando). O Parque oferece uma grande variedade de trilhas desde leves caminhadas até trilhas com grau de dificuldade mais alto. Tem uma área de aproximadamente 160 km² e 336m de altura. Para fazer a trilha inteira gasta-se em torno de 2hs. Mas pode-se ir apenas até a Pedra da Caveira (20 min). Também é interessante visitar as cavernas (entre 2 a 3 hs) ou fazer outra trilha mais longa (a do Gemedouro) em torno de 5hs. Recomenda-se sempre ir com um guia, pois além de ser mais seguro, você terá verdadeiras “aulas” sobre a flora e fauna local. . 

4) As trilhas que fizemos

Logo no primeiro dia em que chegamos, a tardinha, fizemos uma trilha: A Trilha do Tanque do Boi*. Fácil essa, mas foi boa pra começar!

* Tanque do Boi: Formações rochosas em tempos de seca e que se transformam em reservatório natural d’água no inverno. Dizem que aí surgiu a história do município. Antigos relatos descrevem que um boi pertencente aos antigos donos do local, da família Pires, sempre fugia durante a seca e voltava gordo no inverno, enquanto os outros bois eram magros. Um dia o coronel Pires mandou seus vaqueiros seguirem o boi e o mesmo foi encontrado aí! Local belo e que dá para fazer trilhas em terrenos de erosão de milhares de anos!

O Tanque do Boi. Já estava escurecendo quando fizemos essa trilha

O Tanque do Boi. Já estava escurecendo quando fizemos essa trilha

Nos outros dias fizemos trilhas pelas manhãs. Estava quente, embora na serra… No segundo dia fizemos a trilha da Pedra do Cruzeiro*. De todas as trilhas que fizemos essa foi a mais difícil, mas não chega nem “aos pés” de dificuldade da Pedra da Boca já tão falada por aqui. Em alguns trechos tive que usar a corda levada pelo guia, para ajudar na subida. Total da trilha em torno de uma hora e meia. Tranquilo!

Depois paramos um pouco pra descansar na Pedra do Sapo**.

*Pedra do Cruzeiro: Oficialmente foi batizada pelos padres que viviam na região como Alto da União. Por volta de 1960 passou a ser chamada de Pedra do Cruzeiro quando foi instalado uma cruz. Tem uma altitude de 520m. Ali muitas pessoas pagavam (e pagam) promessas. Nessa Pedra também foram descobertas algumas espécies de vegetação típicas da Mata Atlântica. Está na área dos proprietários da Pousada (Fazenda Floresta). Existem  caminhos diferentes para subir, um deles considerado fácil e usado muito pelos moradores, os demais usados por quem faz trilhas.

**Pedra do Sapo: Tem a forma de um sapo, e por isso esse nome. Tem pinturas rupestres e permite também a prática do rapel. Embaixo da Pedra a Pousada “adaptou” uma espécie de bar/bistrô onde até o forró tem sua vez, dependendo da época.

Na Pedra do Cruzeiro

Na Pedra do Cruzeiro

Um descanso na Pedra do Sapo!

Um descanso na Pedra do Sapo!

Como já disse, os guias eram da própria Pousada Villas da Serra, e todos muito legais. Aliás, as trilhas que fizemos ficam dentro da propriedade pertencente aos donos da Pousada (a Fazenda Floresta).

No terceiro dia fizemos a Trilha da Pedra da Mata*. A Pedra da Mata é mais baixa que a do Cruzeiro. Foi mais rápida, em torno de cinquenta minutos.

*Pedra da Mata: Encravada numa rocha de mais ou menos 20hc, tem uma mata preservada e com vistas fantásticas incluindo a Pedra da Boca.

Subindo a Pedra da Mata

Subindo a Pedra da Mata

Na Pedra da Mata

Na Pedra da Mata 

No quarto dia não fizemos mais nada de trilhas. Era o Domingo de Páscoa e fomos “dar uma de coelhos” e esconder os ovinhos pro neto! E comer (risos)!

5) Outras trilhas e outros locais a conhecer nos arredores da Pousada

Apesar de não termos ido (mas passamos por perto e vimos), vou citar aqui outras Pedras e outras formas de aventuras.

Para não ficar repetitiva, vou “pular” a Pedra da Boca, sobre a qual já falei antes. As demais possibilidades de aventuras ou mesmo diversões locais, são:

Pedra do Empurrão: perto da Pedra da Boca. Pode-se ir com quadriciclos ou motos.

Loca das Almas: Dizem que é assim chamado por ter sido um cemitério indígena (alguns ossos e artefatos indígenas foram encontrados no local).

Pedra das Pinturas: Segundo dizem, a visita é interessante para ver as pinturas rupestres e para curtir uma paisagem deslumbrante.

Mirante e Corredeiras do Paraíso: Bom para banho e caminhada ecológica (não fomos pois na época o local estava “seco”).

5) A Gastronomia

Na Serra, sempre merece tomarmos um vinho. Fizemos isso, mas pra nosso “azar” não estava frio e sim um tanto quente, embora as noites fossem mais agradáveis.

Ficamos mais pelo restô do hotel, pois nosso objetivo era curtir o local. Mas,também fomos um dia num restaurante em Monte de Gameleiras, as uns dez km de onde estávamos (o Galinha da Serra). E numa das noites, fomos curtir o bistrô que fica na Pedra do Sapo (da própria pousada), muito interessante.

Vista do Restaurante da Galinha da Serra, em Monte das Gameleiras.

Vista do Restaurante da Galinha da Serra, em Monte das Gameleiras.

Bistrô na Pedra do Sapo

Bistrô na Pedra do Sapo

Sobre a comida, eu gostei bem mais da comida regional, à exemplo de uma galinha “à cabidela” que comemos no hotel!

6) E o que mais?

Bom, foi legal e quem sabe voltaremos pra fazer mais trilhas e até subir de novo a Pedra da Boca! Mas com certeza, admirar a linda paisagem foi o melhor de tudo!

Embaixo da Pedra do Sapo

Embaixo da Pedra do Sapo

Um "voo" na Pedra da Mata! ;-)

Um “voo” na Pedra da Mata! 😉



Engenheira por formação, fez doutorado em Madrid onde começou sua paixão pela Europa. Aprendeu, com seus pais, desde criança a gostar de viajar. Adora viajar e diz que "sem viajar não me reconheço"! Escreve sobre suas viagens pelo mundo afora de forma divertida e leve. Escritora por hobby, além desse blog tem dois livros de viagens publicados.

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